Léo

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{-Ja contei sobre os três primeiros certo?}

{-Sim!! Estou curiosa para saber dos outros dois}

{-Diferente dos outros, os dois foram bem mais complicados}

A jornada de Ubiratan e Ryuki já havia começado, eles estavam atrás das formas de derrotar Cuca e recrutar o máximo de refugiados possíveis. Havia se passado um ano desde o encontro com Cauê e Ubi já havia encontrado dois de seus futuros sete capitães.

{-Sete capitães?}

{-Não se lembra daquele santuário que encontramos?}

{-Por Tupã! Aquele lugar era terrível.....}

Porém foco não está neles. Ainda!. Nessa história iremos contar do descendente mais sanguinário da guerra, pelos monstros era conhecido como o filho do Limbo, o encantador e psicopata, Léo.

{-Encantador?.... Filhos do Boto são tão metidos}

{-Foco Ana}

Diferente dos outros que cresceram na Terra, Léo foi deixado e cresceu dentro do Limbo. Onde podemos chamar de um mundo invertido criado pelos deuses para prender os monstros que eram derrotados. É parecido como uma dimensão espelhada da Terra porém escura e complexa.

Dizem que quanto mais fundo no limbo o tempo fica mais complexo e os monstros são piores e mais poderosos. O limbo era um local de apenas entrada, sem brechas ou portas de saída, um local protegido por Boto para que os monstros não pudessem sair.

A energia do limbo é a razão dos nossos poderes, ela se armazena na natureza e se espalha pelo mundo, fazendo ilusões em humanos comuns para que não fosse possível eles enxergarem os reais monstros e lendas que habitam no nosso mundo, e ao mesmo tempo se converte nos humanos ligados as lendas. Descendentes. Transformando em energia e força se transformando na fonte de nossas habilidades.

O Boto deixou seu filho Léo no limbo onde ele teria poderes para protegê-lo mesmo o garoto crescendo em meio a inúmeras feras.

Boto cuidou de seu filho até que se completasse cinco anos. Léo era uma criança negra de cabelos e olhos escuros que era treinado para batalhar desde pequeno. Com o passar do tempo que ele ficava mais velho, Boto se afastava mais indo apenas visitá-lo algumas vezes no que podemos dizer de semanas porém Léo não tinha conhecimento de determinar o tempo crescendo Ali dentro.

Aos sete anos Léo se divertia correndo atrás de Ahó-ahós.

{-As ovelhas-cachorro!!! Tenho péssimas memórias}

{-Eu concordo...}

Léo crescia sem conhecimento do mundo normal fora do limbo. Para ele era seu lar viver lá.

-Pai, por que a tantos seres estranhos aqui?

-Não se preocupe meu garoto --- Boto riu --- Eles não daram problemas a você. Já parou para pensar que estranho aqui é você?

-Como assim velho! --- Léo perguntou inocente porém com um sorriso torto --- Por que falar de forma tão complicado?

Com o passar do tempo Léo aprendia mais habilidades de combate com seu pai, porém o garoto percebia que quanto mais velho ficava mais os monstros notavam sua presença ali no mundo deles e seu pai se tornava cada vez mais distante.

-O que é isso velho? --- Léo perguntou ao Boto que segurava uma espada em suas mãos.

-Um presente para você meu filho. --- Boto entregou a espada nas mãos de seu pequeno filho --- Boa sorte meu pequeno.

-Como assim boa sorte? Está se despedindo?

Léo nunca recebeu uma resposta, Boto apenas se virou e se foi, desde então o garoto ficou sozinho naquele mundo espelhado. O garoto treinou no meio do limbo.

Descendentes - Contos do passado Onde histórias criam vida. Descubra agora