prólogo - irônico

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O BARULHO VINDO diretamente da cozinha não a deixa dormir. As garras, arranhando a janela, do gato da senhora Ashley, toca-lhe o âmago da alma.



Cansada, ela resolve ir até lá.



ㅡ Gato idiota ㅡ sussurra, colocando uma mecha de cabelo que cai na testa atrás da orelha.



Quando o gato a vê, ele foge, derrubando tudo que vê pela frente.



ㅡ Seu filho da mãe! ㅡ ela exclama, já desperta: não tem mais a mínima vontade de voltar a ir dormir.



A porta da sala range, e ela pisca.



ㅡ Quem está aí? ㅡ pergunta, caminhando até a sala.



Ao chegar na sala, não encontra ninguém lá.



ㅡ Mas o quê... ㅡ ela sussurra, olhando em volta.



Então, ela o vê.



Ela grita, mas é tarde demais: o sorriso irônico dele é a última coisa que ela vê, antes de cair no chão e tudo escurecer.


Mestre das SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora