05 - Ela era minha... 💙💏

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Josh

Estávamos nos divertindo muito, embora seja um encontro de estudos, ela me tirava boas risadas.

- Que tal uma competição ? - eu perguntei a desafiando.

- Competição ? Qual? - ela fala com um ar de ironia.

- Vamos fazer assim, você vai me fazer perguntas sobre geografia e eu faço perguntas sobre física - ela me olhava com total atenção, como se estivesse pronta para me vencer - quem acertar menos deve um favor a outra pessoa, topa?

- Sem pensar duas vezes - ela estica a mão e eu a seguro sentindo de novo aquela conexão - você começa.

E assim foi, faziamos perguntas alternadamente, tinhamos que ter respostas curtas, rápidas e objetivas.

Comecei com perguntas fáceis e depois fui aumentando a dificuldade, ela fazia o mesmo, fiquei impressionado quando ela respondia tão rápido quanto eu fazia as perguntas, ela realmente entendeu.

Passou um tempo até que ficamos sem ideias de perguntas, estava na vez dela e confesso que nem eu sabia o que perguntar.

- Isso é injusto, eu não tenho o que perguntar ! - ela se jogou no sofá e cruzou o braços.

- Você parece uma criança de 5 anos quando não consegue o que quer - eu falei em meio a uma risada, eu sabia exatamente como irrita-la, ela se levantou do sofá com os olhos arregalados e surpresa pelo meu comentário.

- O que você disse beauchamp ? - ela começou a chegar perto de mim com uma voz séria e muito irritada.

- Eu ? Não disse nada - falei debochando. Eu estava rindo muito por dentro, adoro deixar ela assim.

- Aham nada né ? - ela cravou os olhos em mim e sentou do meu lado. O que essa garota vai fazer? eu tava brincando com fogo, mas não me arrependia.

- Any, anyzinha, o que você vai fazer ?

- Eu? O que você acha que uma pobre criança de 5 anos pode fazer ? - ela disse com um biquinho.

- Comer e dormir ? - ta, eu exagerei agora.

- Ah, mas você ta morto - ela pulou em cima de mim e começou a me fazer cósegas, eu tinha, e tinha muito, me contorcia todinho, não sabia se segurava os seus braços ou me escondia em meio as almofadas.

- Any... any para - eu não conseguia parar de rir - eu to... to ... com falta de ar...

- Aé?... que bom ! - meu deus essa garota era louca.

Eu não estava brincando, tentava levantar várias vezes, mas não conseguia, ela estava em cima de mim e muito satisfeita pelo seu plano ter funcionado, eu estava literalmente deitado no sofá e ela não parava.

- Ok... - respirei fundo - já chega - segurei um braço dela e com muita dificuldade consegui segurar o outro, ela rapidamente caiu em cima de mim, a inteligencia aqui tirou o seu apoio, nossos rostos estavam a centímetros de distancia, eu senti a nossa respiração se tornar uma só, nossos olhares se encontraram e senti a conexão de novo só que estava mais forte, ela levantou um pouco a cabeça e eu soltei seus braços, eu já não tinha mais controle sobre o meu corpo, senti meu coração acelerar junto com o dela, como se estivessem no mesmo ritmo, escutando a mesma música, coloquei meu braço sobre as suas costas e ela encostou sua mão em meu rosto, só com esse toque eu presenciei sensações incríveis e desconhecidas por mim, algo como um sinal, um carinho, como se ela dissesse: "eu to cuidando de você", com o braço livre eu coloquei uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha podendo ver com mais cuidado o seu rosto, dessa vez eu conseguia ver com mais atenção, com mais cautela, ela era... perfeita, nunca vi ninguém assim, sem nenhum defeito aparente, os seus olhos me hipnotizaram e eu só queria ficar ali, com ela deitada em mim, a sentindo, como se eu a protegesse, como se ela fosse minha...

Ela começou a passar o seu dedo pelo meu maxilar e acompanhava com o olhar, como se ela tivesse conhecendo cada parte do meu rosto, tudo era calmo e delicado, não tinhamos pressa, eu comecei a mexer minha mão em suas costas com delicadeza, podendo sentir o tecido fino sobre meus dedos.

Nossos olhares se encontraram de novo e dessa vez ele se intercalava entre minha boca e meus olhos, nesse momento eu senti, senti que ela também queria, que era recíproco, segurei seu rosto com a mão e fazia carinho com o polegar, como se não quisesse machuca-la, como se ela fosse a coisa mais delicada do mundo, uma boneca de porcelana, ela começou a chegar mais perto e dessa vez me olhava, como se quisesse ter a certeza que eu também queria, ah como queria...

- Filha eu vou fazer um lanche pra vocês e... - MEU DEUS, a gente levou um susto tão grande que a any deu um salto e saiu de cima de mim, eu levantei e fiquei sentado de pernas cruzadas sem acreditar no que acabou de acontecer, creio que não era só eu - meu Deus, é... eu não queria atrapalhar nada, eu já vou indo - a tia Pri estava muito sem jeito, mas tinha um sorrisinho no rosto.

- Ah, não, é ... - a Any falava também sem jeito - a gente não tava fazendo nada né Josh? - ela passou a mão sobre o pescoço, claramente nervosa.

- Nadinha - por mais que eu estivesse envergonhado a ponto de ficar vermelho tanto quanto a Any, eu tinha um sorriso perfeito no rosto.

- Viu? Nada mesmo e ... - ela falava ofegante - quer ajuda?

- Ah sim, eu aceito - a mãe da Any estava com o mesmo sorriso que o meu no rosto - gosta de brigadeiro Josh?

- Brigadeiro ? - perguntei curioso.

- É um doce lá do brasil, feito de chocolate, é bem gostoso se quiser a gente faz - a Any responde ainda sem olhar pra mim, eu não via, mas sabia que ela estava muito, muito vermelha, eu adorava ver ela assim, me divertia, ela ficava sem jeito, falava muito rápido e ficava muito desastrada, era engraçado ver a cara que ela fazia.

- Bom, vou aceitar então - falei tranquilamente e vi a any indo em direção ao fogão, ela procurava algumas coisas nas gavetas e colocava sob o balcão.

- Vou te ajudar senhorita Any - a mãe dela da uma piscadinha pra mim e se vira para ajuda-la.

Eu rio baixo e passo a mão em meus rosto, ainda não estava acreditando...

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♡ Nada é coincidência ♡ { Concluída }Onde histórias criam vida. Descubra agora