Como uma viagem inesperada pode mudar a vida de duas pessoas?
Helena, viu sua vida virar de pernas para o ar quando sua mãe precisou viajar por motivos desconhecidos para ela. Com Gabriel não foi diferente: antes ele achava que tinha a vida que semp...
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Gabriel
Dormir durante a noite não foi uma tarefa tão fácil quanto parecia quando sair do chuveiro. Eu mais acordava do dormia, me remexia até achar uma posição confortável, mas o sono não vinha.
Minha cabeça se recusa a desligar de tudo e dormir, só pensava em como seria meu encontro com Candy, nas falas e nos argumentos que eu podia usar. O sono só chegou em mim ás cinco da manhã, às oito o telefone me acorda. Três horas de sono tinham que ser o suficiente para aguentar o dia, preparei um café forte o suficiente pra me manter acordado, caso ao contrário dormiria em qualquer lugar, eu me conhecia.
Um banho rápido, e já estava pronto para mais um dia, quando estava terminando de me arrumar, ouvi um barulho na fechadura.
— Amor? — Candy chamou da sala — Gabriel? — Chamou um pouco mais alto.
— No quarto!
— Você está aqui! — Ela veio me beijar, mas virei o rosto — O que é isso Gabriel? Por que virou o rosto?
— Talvez porque ainda não me sinta confortável com tudo o que você fez!
— Gabriel eu posso explicar! — Candy estava assustada, mas mesmo assim não perdeu a cor no rosto
— Você pode? Certeza? Então, tudo bem me explique! Por que ameaçou Helena?
— Eu não fiz isso! Eu juro! Ela está inventando tudo isso para separar a gente!
— Não negue! Helena não tem porque fazer isso!
— Você tá defendo ela? Gabriel ela quer te colocar contra mim, pra você me deixar!
— Chega Candy! Sim! Eu to defendendo ela! Eu conheço Helena sei do que ela é capaz, mas também sei do que você é capaz! Nos últimos anos eu não sei mais quem é você!
— Eu sou a sua Candy! — Ela fala com lágrimas nos olhos castanhos
— Não, não é! Você mudou e eu mudei também!
— O que você quer dizer com isso?
— Talvez seja melhor...
— Não! Não! — Candy se joga em meus pés — Vamos fazer assim? — Ela levanta como um foguete e limpa as lágrimas — Vamos pra longe? Viajar pra bem longe! Onde não tenha Helena e nenhuma outra pessoa, vamos recomeçar do zero!
— O que? Eu não posso simplesmente deixar o musical assim! Eu tenho um contrato, compromisso, e você tem seu emprego, não podemos ir embora assim!
— Mais...
— Chega! Quando eu voltar a gente termina a conversa!
Pego minhas coisas, e vou buscar Helena. Vinte minutos depois já estou parado em frente sua casa, de relance vejo Helena na janela observando o sereno cair, como se pensasse em algo. Ela olha pra baixo e me vê, um aceno rápido e ela some. Escuto ela dizer algo para alguém lá dentro, e minutos depois ela já está dentro do meu carro.
