— O que? – Levanto atordoada.
— Um menino da sua escola foi encontrado morto no Bosque dos Pardais – repete Helenna.
— Que horas são?
— São três horas da tarde.
— Quem matou quem?
— Parece que a vítima é Breno Backe e o assassino não se sabe quem seja.
O meu coração dispara.
— Helenna, como ele morreu?
— Ele foi brutalmente esfaqueado por uma estaca de madeira, possivelmente retirada de uma das árvores locais.
— Ai meu deus... – Lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto.
Ouço a campainha tocar insistentemente.
— Olá, Carol – escuto a voz da minha mãe, que vinha do andar inferior.
Deito-me na cama e fico olhando para o teto e imaginando a dor terrível que Breno sentira antes da morte, e o quão agoniante deveria ser golpeado por algo pontiagudo, mesmo as brigas que eram recorrentes, ninguém deveria morrer daquela forma cruel.
— Porra, Isabella. Você não atende o celular, não? – Pergunta ela com uma aparência extremamente cansada, os seus cabelos ruivos estavam pálidos e o seu rosto que normalmente era corado estava com um aspecto doente.
— O que aconteceu com você? Fiquei sabendo agora do ocorrido – afirmo.
— Eu vim correndo para cá, as aulas do colégio foram suspensas por dois dias e a cidade está em alerta, foi um homicídio absolutamente doloso.
— Quem matou esse garoto? – Pergunta Helenna.
— Não sabemos, mas isso nunca aconteceu nessa cidade! – Exclama Carol.
— Gente, vamos manter a calma. Seja quem for, estamos seguras, temos a nós mesmas e nada irá nos abalar, isso eu garanto – falo.
Me levanto e vou até o banheiro, paro em frente ao espelho que fica sobre a pia e me encaro, meus cabelos estão amassados pelo tempo que dormi.
— Preciso ligar para a escola – digo a mim mesma.
Disco no celular o número: 13445679.
— Alô... ainda terá a reunião as dezoito horas?
— Alô! Não ocorrerá mais por conta de um incidente que houve na cidade.
— Obrigado, boa tarde.
Encerro a ligação e retorno para o quarto.
— Sra. Hall me informou que não haverá mais a reunião – me deito na cama e cubro-me com a coberta.
— Isa e Helenna, aonde estão Kauani e Eduard?
Helenna se levanta.
— Eu não sei, eles deveriam estar aqui! Precisamos ficar todos juntos. Tem um assassino a solta, meu Deus, irei chamar a Tia Lari e iremos buscá-los agora.
— Irei com você... – digo.
Juntas, nós três descemos rapidamente a escadaria, sem ao menos trocarmos olhares ou palavras e adentramos a cozinha em busca de Larissa, mas para nossa surpresa ela não estava em casa.
— Aonde ela está? – Pergunta Carol que já estava arfante.
— Vamos até a casa da Karina. – Afirma Helenna.
Corremos para a garagem e entramos no Ford Fiesta de minha mãe, minha irmã havia tirado carteira de motorista a mais ou menos um mês e ainda assim tinha certo receio de dirigir.
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Cicatriz Negra
Mystery / ThrillerIsabella Green, é uma garota que sempre teve uma vida normal, mas tudo muda quando um garoto é assassinado no bosque local e a culpa cai sobre ela. Mais assassinatos acontecem e ela precisa correr contra o tempo para provar sua inocência e descobrir...