1.8 What is Right

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Julho de 2014

— Esqueci de te contar! É que aconteceu muita coisa. — exclamou Harry enquanto o carro estava parado num sinal a meio caminho de Glasgow.

— O quê?

— Minha irmã vai ter um bebê! Mas não qualquer bebê: uma menina! — ele se virou para Louis, sorrindo feito um palhaço. — E eu, Harry Edward Styles, vou ser o padrinho!

— Parabéns! — disse Louis, quase babando diante da expressão de pura felicidade de Harry. Uma parte dele doeu, um pouco, imaginando que seria daquele jeito que Harry ficaria quando fosse pai, só que mil vezes mais forte. — Quando nasce?

— Em seis semanas, eu acho. Gemma tem um aplicativo no celular que ajuda a contar o tempo.

— Você vai me levar para ver a bebê quando nascer? — perguntou timidamente, porque sempre se perguntava a razão de nunca ter conhecido a família de Harry, e por causa disso morria de medo deles.

— Você quer ir? Eu não sabia que você gostava de bebês.

— Harold, sinceramente. — revirou os olhos. — Eu tenho quatro irmãs mais novas, a única coisa que existiu ao longo da minha vida foram bebês fofinhos me perseguindo e gritando "BOO" pra me convencer a assistir Paddington Bear.

Harry começou a rir aquela risada esquisita de quando ele achava uma coisa realmente engraçada.

— Você devia odiar.

— As gêmeas puxavam meu cabelo o tempo todo, e Charlotte gostava de passar maquiagem em mim e me levar pra mostrar pras amiguinhas dela. Sua sobrinha vai puxar seu cabelo, eu até já sei. Como vai ser o nome?

— Pelo jeito é segredo.

— Hmm, eu vou chamar de Harolda por enquanto. Quem vai ser a madrinha?

— A melhor amiga da Gemma. Essa criança vai ser muito mimada porque eu sou idiota, a madrinha é idiota, e os pais são idiotas. Gemma convenceu o marido a trocar de carro só para combinar com o bebê conforto, porque aparentemente só Range Hovers são apropriadas para bebês.

Louis mordeu o lábio, lembrando do carro que tinha visto quando chegara de viagem e o deixara apavorado.

— Ela não vai deixar você levar a bebê na BMW, já sabe 'né?

— É, mas eu provavelmente vou trocar de carro.

Louis engasgou, agarrando o banco da BMW embaixo de si.

— COMO ASSIM?

— Ai, não grita.

— Harry, pelo amor de deus, uma Range Hover não, por favor.

Parando em outro sinal, Harry se virou para ele com uma cara estranha.

— Você está bem?

— 'Tô.

— Então por qu-...

— Eu não gosto de Range Hovers. — se apressou em mentir. Harry suspirou.

— Tudo bem, vou pedir ao corretor uma sugestão de outro carro quatro portas.

— Vermelho, por favor. — disse Louis, mas em tom de brincadeira.

— Como se eu fosse comprar alguma coisa chata em preto ou azul, não não, tem que ser vermelho, ou talvez amarelo-canário...

♥♥♥

Ed empurrou uma pilha de cadernos para o lado, dando espaço para Louis se sentar ao lado dele.

— Já te passou pela cabeça que o problema pode não ser a situação, ou Harry?

My Heart Belongs to Daddy, My Soul Belongs to the Road ♥ L.S. AUOnde histórias criam vida. Descubra agora