Nesse exato momento estou sentada em uma lanchonete, eu e meu almoço. Ele me encara esperando que eu faça algo, mas fico ali, parada, fitando-o.
Tudo o que aconteceu hoje não quer sair da minha cabeça, principalmente a parte em que Adam se desespera para que eu não veja mais seu irmão. Eu disse que prometo não vê-lo novamente, não que eu vá cumprir. Há algo rolando entre os dois, não sei o que pensar sobre isso.
Eles são tao diferentes. Lucky é simpático, sorridente, alegre, engraçado... Já Adam, é tão... Cruel, arrogante, fechado, parece que tem uma nuvem negra em cima dele o tempo todo, como uma pessoa pode ser tão séria? Como alguém pode mudar tanto num período de cinco minutos? Ele é tão misterioso.
Deixo o dinheiro sobre a mesa, junto à comida não tocada, e saio. Acho que hoje tem algo importante para fazer, só não me lembro o que. Caminho até o ponto de ônibus e fico ali, esperando ele.
Sinto meu celular vibrar em meu bolso, então pego ele e o atendo.
— Alô.
— Aly, sou eu, Meg.
— Ah, oi.
— Não está se esquecendo de nada?
— Tenho a sensação de estar me esquecendo de algo, só não sei o que ainda. – Posso escutá-la bufar.
— É meu aniversário, Aly!
— Ah, claro, parabéns, Meg. E me desculpe por esquecer.
— Tudo bem. Eu, Piter, Lucy e Roman vamos até um bar aqui perto comemorar, você vem?
— Não perderia essa por nada.
— Obrigada, eu te amo! Até lá!
— Até!
E desligo. Merda, eu tinha esquecido. Preciso comprar algo para ela, rápido!
Atravesso a rua e vou andando até uma joalheria que tem ali perto. Empurro a porta e entro, olho envolta e ando até o balcão, observo todo o tipo de coisa tem ali. Bato meus olhos em um colar, ele tem um pingente de estrela bem pequeno. Espero poder comprá-lo.
— Olá, como posso ajudar? – Perguntou a atendente.
— Quanto está esse colar? – Aponto para o mesmo.
— Cento e cinqüenta dólares. – Arregalo os olhos, e respiro. Deus do céu, é pela Meg.
— Eu... Eu vou levar. – Digo receosa.
– Tudo bem. – Assentiu.
Entreguei-lhe o cartão de créditos, coloquei a senha e observei-a pegar o colar com a caixinha e por dentro de uma sacola com o nome da loja. Pego o cartão, agradeço e caminho de volta até o ponto de ônibus. Eu preciso comprar minha moto!
Quando chego em casa jogo minha bolsa com o colar no quarto. Vou até a cozinha e bebo um copo de água.
— Ei. – Escuto e me viro.
— Meg. – Sorrio.
— Como eu estou? – Pergunta dando uma volta. Ela usava um vestido vermelho com alças, sapatos de salto preto, maquiagem leve e um gloss claro. Ela estava linda!
— Esta linda, Meg! – Digo com estusiasmo.
— Obrigada. – Sorri. – E você, quando vai se arrumar?
— Agora mesmo, vou tomar banho.
— Tudo bem.
Boto o copo na pia e vou até o quarto. Entro no banheiro, começo a me despir e ligo o chuveiro.
Assim que termino, desligo o mesmo e me enrolo na toalha. Procuro minha blusa da minha banda preferida, mas não acho, vou até a sala para perguntar a Meg.
— Meg, você viu minha... – Paro imediatamente quando o vejo ali. Arregalo os olhos e engulo em seco me perguntando... – O que você está fazendo aqui?
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A Bruxa
RandomO que faria se tivesse uma vida cheia de julgamentos, cheia de duvidas e incertezas? Com várias pessoas em cima de você. Em um mundo em que a maioria das pessoas te chamam de "bruxa" sem provas? Se eu sou grossa, ignorante, fumo, bebo e faço todo o...