Camila.
Acordamos às 01:45 com um médico nos chamando. Eles precisavam arrumar Valéria pra cirurgia, e faltavam apenas 15 minutos para começarem.
Dou um espaço para os médicos e fico no canto do quarto. Acho que Valéria percebeu que eu estava um pouco inquieta e me chamou.
Val: Amor, vem cá. - diz me chamando com uma mão. Me aproximo devagar. - Não fica tão tensa assim. Vai dar tudo certo, tá meu amor? Eu vou voltar e tudo vai se ajeitar. Vaso ruim não quebra.
Cami: Lembre-se que ainda temos um casamento para organizar - brinco - amor, eu tô com medo do que pode acontecer, mas eu admiro muito a sua decisão de doar parte do seu rim. Essa atitude reflete seu coração, cujo coração que é o motivo do meu sorriso. Estarei aqui te esperando. Te amo infinito, minha vida! - digo sorrindo.
Val: Eu te amo mil milhões, minha princesa. E quando eu sair daqui, vou te refazer o pedido, de um jeito que você mereça. E quanto ao meu coração, você é a maior inspiração. - ela diz e beija levemente as costas de minha mão.
Um médico nos interrompe informando que precisariam levá-la. Dei um beijo doce porém rápido nela, e sorrio.
Minutos depois eles saem com Valéria sendo sedada e eu me sento no sofá dando um suspiro forte. Junto minhas mãos e peço a Deus para que tudo fique bem. Momentos depois, Tiana e Dalila entram no quarto também.
Tiana: Oi, a Melissa já foi pra cirurgia também. Espero que dê tudo certo. Eu nunca vou saber agradecer a Valéria o suficiente! - diz emocionada.
Dal: Ela é incrível! Morro de orgulho da minha amiga!
Cami: Ela é! - sorrio boba. - Quanto tempo será que leva essa cirurgia?
Dal: Por volta de 3 ou 4 horas acredito. Vocês querem ir lá embaixo comer algo?
Tiana: Vamos sim, estou exausta e com muita fome. - sorri fraco.
Todas decidimos descer um pouco e ficamos lá embaixo por 2 horas e meia. Logo subimos.
Conversamos por mais um tempão, Dalila precisou ir embora e logo passou de 4 horas de cirurgia, começamos a ficar preocupadas e meia hora depois, a porta se abre, entrando um dos médicos.Dr: Bom, a cirurgia de ambas foi um sucesso. Esperamos que a recuperação também seja.
Tiana: Será que elas podem ficar no mesmo quarto?
Dr: Claro, mas só poderão ficar duas pessoas aqui, pra dormir.
Cami: Claro, eu e a Tiana!
Dr: Certo. Fiquem num canto que ja ja elas chegam.
Eu e Tiana ficamos em pé num canto da sala, minutos depois um enfermeiro abre a porta e fica segurando a mesma, logo o outro entra conduzindo uma maca. Era Melissa. Melissa entra numa maca e eu e Tiana nos aproximamos um pouco. Trocaram ela pra a cama do quarto e saem. O médico permanece lá dando as informações pra Tiana. Nos mostra onde de forma alguma poderíamos tocar e diz que a anestesia iria embora, e por isso Mel poderia sentir um pouco de dor depois.
Resolvi perguntar sobre Valéria e ele disse que dentro de alguns minutos ela iria pro quarto. Agradeci assentindo e fui ver Melissa novamente.
O Dr disse que tanto Mel quanto Valéria poderiam acordar a qualquer momento, então ficamos ali velando o sono da sobrinha de Valéria enquanto Tiana segurava sua mão.
Minutos depois a porta se abre novamente e o médico entra, seguido de dois enfermeiros trazendo a maca com Valéria. Fazem o mesmo procedimento que fizeram com Mel e saem.Dr: Bom, as mesmas recomendações, não mexam aqui. - mostra o local da cirurgia. - Elas terão que seguir à risca uma dieta, então caso possível, o ideal seria elas ficarem na mesma casa. - Assentimos e ele sai.
Cami: Que bom que está bem, meu amor. - sussurro no ouvido dela.
Valéria estava serena, o rosto angelical e um ar de sorriso nos lábios. Melissa também, com seus traços que lembravam MUITO a tia. Enquanto Tiana segurava a mão de Mel, eu segurava a de Valéria e conversávamos.
Cami: Acho válido vocês ficarem uns dias no apartamento da Val. Seria bom para ambas se recuperarem juntas.
Tiana: Sim. Melissa é louca por essa tia, as vezes acho que ela ama mais a Valéria do que a mim e o Vitor.
Começamos a rir e ficamos em silêncio, logo Melissa começa a se mexer querendo acordar.
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Dangerous Love 💗
FanfictionValéria sempre foi uma criança muito extrovertida, conversava com todos e principalmente com os pais. Porém quando tinha 15 anos, essa relação foi esfriando por motivos de: Valéria estava se descobrindo e tinha medo da reação dos pais quanto a isso...