Capítulo sete

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Ela dá uma mordida confiante em seu cachorro quente, molho pingando em seu dedão. Com o auxílio de um guardanapo, Verônica limpa-o. O problema é que o molho a deixa levemente enjoada, com uma sensação ruim, então nem termina o lanche, jogo-o na lixeira mais próxima. Não está satisfeita, mas não consegue mesmo comer.

Não conseguia evitar. Na vitrine, seu rosto com um sorriso pendurado lhe encarava, os olhos frios e fixos, com um brilho prateado. Ela estava bonita na foto, vestia um domo branco de cozinha, as iniciais V.W ao lado do peito. Verônica lembrava vagamente do dia da foto, mas lembrava com clareza do rosto de Christopher, o modo que ele sorria ao ir buscá-la no estúdio.

— Estou orgulhoso de você — ele disse antes de repousar um beijo no topo de sua cabeça. — Você está crescendo rápido demais, garotinha.

Ele estava orgulhoso de mim, pensou. E Ele estava.

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