Prólogo

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Leia ao som de Say Something - versão Pentatonix 

Nãooooo! Isso, não pode estar acontecendo. Será que eu ouvi direito, ele disse que agora quer tentar? Quer uma chance? Chance? Quantas chances nos dei. São seis anos de chances. - Era o que se passava na mente de Clara enquanto ela via a boca de Sete se mexer, mas sem ouvir absolutamente NADA.

Se concentra Clara, você precisa prestar atenção no que ele está dizendo. Você não esperou por isso por tanto tempo e agora que aconteceu fica aí feito boba? Se concentra! Olha pra ele, foca!

  - O que você disse mesmo? - disse um pouco envergonhada.

  - Eu quero tentar! Acho que a gente pode dar certo agora.

Sete abaixou o olhar, sem saber como se portar diante daquela que por tanto tempo chamou de melhor amiga. Será que a havia perdido? Não, não, não! Eu sei que você tá mal, mas sem pessimismo. Vai dar certo. Dessa vez vai.

  - Mas Sete, eu não tô te entendendo. Tentar? Agora? Nesse momento?

Clara estava assustada, chocada seria a palavra certa. Não sabia como se portar. Suas mãos estavam suando, apesar do vento frio que soprava naquela noite. Precisava tomar uma decisão, mas sua mente insanamente louca não parava de pensar em todas as possibilidades, em tudo que estava em jogo.

E quando abriu a boca para dizer algo, ele a interrompeu:

   - Olha, vamos fazer assim. Eu te dou o tempo que você precisar para pensar. Não precisa dizer nada agora. Sei que está confusa, é muita informação. Eu entendo! Vou te dar o tempo que for e quando estiver pronta me fale. Tudo bem? Pode ser assim?

  - Tudo. - Foi só o que a pálida e assustada Clara conseguiu dizer.

O que ela iria fazer com esse turbilhão de informação? Não podia demorar, Júlia e Lara a estavam esperando há um tempo significativo e no frio, coitadas. Se conteve em apenas se levantar, chamar as duas amigas que pacientemente a esperavam e caminhar lentamente.

Vez o outra tentava puxar um assunto aqui, outro ali. Não queria que o clima ficasse mais tenso (se é que isso era possível), queria fingir que estava realmente tudo bem, assim como tinha respondido a Sete. Mas não! NADA, absolutamente NADA estava bem!

A subida pareceu uma eternidade. Se sentia cansada e ofegante, queria poder jogar a culpa no seu sedentarismo, mas não pôde, eles estavam indo devagar até demais. Era sua mente trabalhando sem parar em todas aquelas palavras vomitadas a pouco. Será mesmo que ouvira aquilo? Só podia ser um sonho. Bom, era o que era. E ia ficar tudo bem. Não era isso o que seu Pai dizia a ela todos os dias. Sim, no final tudo fica bem.

Enquanto ainda pensava percebeu que haviam chegado em frente a seu prédio. Suas amigas já haviam se despedido de Sete e já tocavam o interfone. Chegara o momento de se despedir de seu vizinho de porta. Ainda era surreal imaginar que moravam há menos de 10 metros. Como alguém que morava no sul do país poderia estar assim tão perto? De repente, foi teletransportada de seu mundinho por Sete:

 - Então... - fez um longa pausa - até depois. Pensa com carinho. Leve o tempo que precisar. Eu espero. Só me avise, ok? Qualquer coisa, manda mensagem!

Ele a abraçou, deu um beijo de leve em seu rosto e um sorriso meio frouxo. Aquela conversa tinha sido intensa para ele também. E Clara sabia disso.

~♥️~

NOTA DA AUTORA

E aí, o que está achando? Me conta tudooo. Vai ser incrível ler sua opinião. Dê sugestões.

Onde será que essa história vai dar? Como você imagina que esses dois chegaram nesse ponto?

Será que vão ficar juntos? Ou não? Faça sua aposta.

Mais pelo meio do livro vou fazer algumas enquetes do possível desfecho da trama. E quero ver quem vai chegar mais perto. Existem tantas possibilidades...🙃

Estou ansiosa pra terminar de contar tudo à vocês. 😜

Estou escrevendo o mais rápido que posso! A gente se vê em breve!

Ah! Mais uma coisinha, tá sendo um privilégio te ter por aqui, obrigada, viu? Um beijo! 😘

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