Capítulo 4: Broken Rules

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Regra número 17: Nunca empreste seu tabuleiro, use-o com exclusividade, se possível você mesmo deve confecciona-lo.

Hoseok correu para seu quarto assim que chegou em sua casa e se apressou para trancar a porta e mergulhar em sua cama. Onde o tabuleiro estava? Escondido na mochila, e agora, ele se encontrava bem debaixo das suas cobertas e travesseiros junto com o corpo medroso e com frio do Jung. O moreno temeu em apagar todas as luzes, então apagou apenas algumas, junto com a lanterna do celular e o abajur, que permaneceram ligados. Algo dentro de si, ansiava para contatar o outro lado novamente. O mais velho do quarteto estava com medo, mas mesmo assim, queria ir. Hoseok, antes de começar a jogar, rezou três Pai Nosso e dois Ave Maria ‐ afinal, ele só se lembrará daquelas orações no momento -, e então, repousou o ponteiro no centro do tabuleiro, na letra "G", juntamente com os dois dedos de cada mão.

Regra número 1: Nunca jogue sozinho e/ou em um cemitério

— Tem alguém aqui comigo? – Questionou Hoseok, olhando ao redor, o ponteiro não se mexeu. Hoseok bufou — Se tiver algum espírito aqui, por favor se manifeste – Pediu Hoseok, encarando o tabuleiro. Segundos depois, ele sentiu uma vibração em seu dedo, que correu por seu braço e lhe causou um calafrio na espinha. O ponteiro demorou, mas respondeu, caminhando lentamente até a ponta do tabuleiro, onde estava a palavra "Sim". A casa estava silenciosa, apenas podia se ouvir o som de gotas de chuva, pingando na janela de alumínio de Hoseok. O Jung, distraído com o tabuleiro, sobressaltou com o som de algo batendo em sua janela. E num rápido instante, encarou-se no reflexo fosco da tela do computador ao lado da cama, tomando um susto ao ver a grande sombra negra em cima de seus ombros. Os olhos arregalados do Jung piscaram várias vezes, descrente do que viam. Ele volta a olhar o tabuleiro, que se movia em circulos, em conjunto de seu dedo indicador — Cacete.... Que porra é essa? – Questionava, trocando os olhares entre o seu reflexo e o tabuleiro. O reflexo negro tinha sumido — Que isso? – Ele olhou o ponteiro se mexer em algumas letras, formando um "Olá". Hoseok respirou fundo e cumprimentou de volta — Deus, me ajude – Disse para si mesmo. O espírito estava ali, o que fazer agora? Perguntar do futuro? Não, não! Contatar seus antepassados? Claro que não! — No que posso ser útil, senhor ou senhora espírito? – Burro, isso que Jung Hoseok é, burro! O ponteiro se moveu em círculos e parou no número oito. Hoseok franziu o cenho de forma confusa, o ponteiro caminha pela tábua e novamente para no número oito.

Regra número 5: Se o ponteiro indicar o número 8 repetidamente um espírito forte está tomando conta do tabuleiro.

Hoseok sacudiu a cabeça e pensou em alguma coisa inteligente a se dizer. Havia trago um espírito, não podia simplesmente dispensa-lo. Seria uma perda de tempo para ambos os lados. Hoseok então, sente uma repentina dor de cabeça e um breve apito nos ouvidos. O Jung fecha e aperta os olhos
— Não consigo fazer isso... – Disse para si, Hoseok abre os olhos e encara o tabuleiro, parado na letra G. Ele respira fundo — Adeus... – Ele disse, esperando que o tabuleiro respondesse, para assim poder fechá-lo e guardá-lo na bolsa novamente, o ponteiro se mexeu no tabuleiro, e circulou a palavra..... "Não". Hoseok arregalou os olhos — Eu disse "Adeus"! – O ponteiro demorou, mas quando respondeu, voltou a circular a palavra "Não". Hoseok sentiu-se arrepiar, o ar gélido na nuca o fez sentir calafrios e seu coração acelerou. Estava indefeso, não sabia o que fazer. Fecharia sem a permissão do espírito? E se ele fosse assombrado? E se....E se ele fosse morto? Hoseok começou a suar frio enquanto olhava para os lados de forma preocupada e aflita, seus dedos pareciam estar colados no ponteiro. Hoseok sente um choque contra corpo e um peso nos ombros. Hoseok desmaia.

O Jung não se lembrava de nada, apenas de ter rápidos flashes, ele viu o fogo, ele viu sangue pelas paredes e escorrendo por seus dedos magros e trêmulos, ele sentiu a morte tocar seu peito e sugar toda sua energia. Como aquela cena de Harry Potter com os dementadores. Seria uma premonição? Hoseok abre os olhos com o som da voz feminina no andar debaixo. Era sua mãe, o chamando para o jantar. Agora, Hoseok já não era o mesmo de antes.
— Já estou indo, mamãe – O sorriso sádico se formou nos lábios que antes, costumavam a sorrir docemente. Os olhos cor de chocolate, perderam seu brilho inocente para a noite escura que os invadira naquele fim de tarde. Hoseok larga o tabuleiro em qualquer canto da cama e se levanta, descalço, apenas com a calça de moletom cinza e a regata branca larga. Hoseok, antes de girar a maçaneta, fitou-se no reflexo do espelho que ficava atrás de sua porta, ele sorriu conforme a cabeça tombava para o lado. Aquele sorriso exalava maldade. Agora, ele era apenas uma áurea negra, vazio, com sede de sangue e de tragédias.

Olha quem resolveu aparecer de novo, hehehe. Me respondam uma coisa, vocês estão gostando da fanfic? E me respondam outra coisa, quantas regras do tabuleiro vocês acham que o Hoseok quebrou SÓ nesse capítulo? Bem, respondam aqui pra mim!
Não esqueçam de votar e comentar, isso me ajuda bastante! Tia Andy ama muito vocês!

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