[EM ANDAMENTO]
🌈 O mundo que Jeon Jungkook enxergava através de seus olhos, transmitiam uma melancolia infinda, onde apenas o azul frio perdurava como um fardo em seu interior. Ele não compreendia com exatidão o que era ser feliz de verdade. Um bu...
Moonzinha do futuro está aqui para avisar que eu fiz algumas mudanças nesse cap.
Só isso mesmo ;) Boa leitura!
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#LeitinhoFermentadoDoJK
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Fly Me To The Moon ●⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯ ⏎ ⇤ ▶︎ 𝗜𝗜 ⇥ ⚙︎
Fui diagnosticado com TDAH algumas semanas após ter completado meus 6 anos de idade.
Por mais que esta não seja uma das melhores formas de iniciar uma história, acredito que seja a mais explicativa e que, de fato, os fará se aprofundar um pouco mais no buraco que eu denomino de vida.
Minha mãe muito antes já desconfiava que algo de errado acontecia comigo, e mesmo sendo jovem demais para compreender o que se passava dentro de mim naquela época, eu apresentava a mesma dúvida constante que meus pais deixavam pairando aos nossos arredores. Era muito perceptível, na verdade, quase se tornando impossível esconder. Querendo ou não, era algo que me assombrava dia e noite.
Quando mais novo, eu era muito inquieto. Não ficava parado em um lugar um minuto sequer e minha boca trabalhava usufruindo da minha voz 24 horas por dia, não me dando descanso nem mesmo na hora de dormir. Meu cérebro era tão agitado que parecia travar uma batalha intensa consigo mesmo, esforçando-se ao máximo para descobrir até onde aguentava fazer um monte de coisa sem se cansar com facilidade. Meus pensamentos, movimentos e personalidades se moldavam a partir da agitação. Era uma desordem completa e frequente, que me causava aflição diversas vezes, ao ponto de fazer-me sentar no chão ou me jogar em qualquer lugar e chorar em agonia.
Enquanto criança é normal que sejamos todos mais agitados que o habitual, pois a ingenuidade é presente demais em nossas vidas para que possamos a ignorar. Apesar de ser algo comum, com toda a certeza passa a ser anormal, quando tudo — tudo mesmo — é exagerado.
E eu era exatamente assim. Exagerado.
Mamãe me colocava sentado em uma cadeira e eu não conseguia ficar sem me mover por, no mínimo, 20 segundos. Me aconchegava no sofá da sala com o propósito de assistir a algum desenho animado que estivesse passando na televisão e minhas pernas não paravam de balançar em conjunto com meus dedos, que batucavam o encosto do sofá em ritmo constante. Eu estava sempre buscando fazer algo que me impedisse de ficar parado.
Não posso deixar de ressaltar a minha dificuldade em prestar atenção em muitos assuntos falados ou discutidos comigo. Papai me dizia 10 palavras e dentre todas elas eu só captava 1/3. E mesmo tendo escutado este 1/3, não conseguia gravar de jeito nenhum. Parecia que o meu Hipocampo — área que compõe o cérebro, e atua na memorização e aprendizado —, só tinha um tipo de função: apagar todas elas de uma vez sem antes consultar se era importante mantê-las ou não.
