[EM ANDAMENTO]
🌈 O mundo que Jeon Jungkook enxergava através de seus olhos, transmitiam uma melancolia infinda, onde apenas o azul frio perdurava como um fardo em seu interior. Ele não compreendia com exatidão o que era ser feliz de verdade. Um bu...
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#LeitinhoFermentadoDoJK
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Liability
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Não me lembro muito bem como foi a nossa despedida. Ou se ela de fato teve a chance de acontecer.
Fiquei tão ansioso por ter tornado o clima leve que nos cercava em um vento gélido e cortante, que apaguei das minhas memórias todos os momentos que me fariam querer me bater até não ter mais consciência.
Burro! Você é muito burro, Jungkook!
E eu me condenava por isso, porque o objetivo não era 100% aquele. A minha imensa vontade de o afastar, não foi de verdade verdadeira, eu só...
Estava inseguro. Muito inseguro.
Também fiquei assustado por ser tão de repente. Tão do nada.
Era tudo uma grande bolha repleta de novidade, prestes a ser estourada por uma pessoa que nunca havia tido contato com algo daquele tipo. O que poderia acontecer depois? Ele continuaria querendo me encontrar na escola, se eu tivesse aceitado o convite? Me convidaria para lanchar, junto ao garoto de cabelo preto que anda consigo? Ou... me chamaria de... amigo?
Mas... e se ele percebesse o que as outras pessoas perceberam em mim? Se enxergasse o que sou de verdade e o que me torna um alguém tão odiável?
E se...
E se ele não gostasse de mim?
Não era muito difícil de acontecer e não que eu já não estivesse acostumado, só era... triste. E solitário.
Me doía pensar que de amigos — ainda que de uma forma muito mais voltada para a profissional —, eu tinha apenas SooMin (Chantilly é muito mais do que só um amigo). O doutor DoJun tampouco poderia ser citado, raramente eu o via.
Aquele ponto, as dúvidas e incertezas corroíam minhas entranhas com milhares de questionamentos, impossibilitando-me de entender que as vozes estridentes eram apenas fruto de uma paranoia idiota — mais uma para ser colecionada, entre tantas outras já existentes.
Suspirei, bagunçando meu cabelo. Eu estava deitado entre os lençóis da minha cama, descansando pós longos minutos de arrumação do meu quarto, que estava uma completa bagunça de roupas, edredons e livros, além de ter um cheiro forte de tristeza. Eu queria me livrar daquilo e de qualquer rastro que me trouxesse a lembrança sútil de uma dor já antes sentida. Sequer parei para me preocupar com os comprimidos no carpete (que a esse ponto, estão no lixo do andar de baixo, longe o suficiente para que minha mente parasse de retomar o caminho até eles). E apesar de fazer quase uma hora desde que Jimin se foi — cabisbaixo e com um olhar colérico —, eu não conseguia impedir que minha cabeça atuasse em uma constante máquina de flashback, para relembrar-me da minha burrada.
