[EM ANDAMENTO]
🌈 O mundo que Jeon Jungkook enxergava através de seus olhos, transmitiam uma melancolia infinda, onde apenas o azul frio perdurava como um fardo em seu interior. Ele não compreendia com exatidão o que era ser feliz de verdade. Um bu...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
#LeitinhoFermentadoDoJK
🌈
No one's in the room ⎯⎯●⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯ ⏎ ⇤ ▶︎ 𝗜𝗜 ⇥ ⚙︎
Os livros agiram na minha vida como uma espécie de estímulo quase imperceptível para me tornar cada vez mais antissocial. Predispôs, de certa forma, a me afundar em uma piscina repleta de solidão com uma profundidade duvidosa, oscilando sistematicamente entre a decisão de me afogar e de me manter são e salvo com, pelo menos, a minha cabeça fora d'água.
Não que isso seja necessariamente culpa deles, no entanto prefiro encontrar outras maneiras de esconder a minha introversão, sem que seja entregue com tanta facilidade a todo mundo.
SooMin foi a principal atuante no plano de incentivo a leitura constante, dando-me variados livros para que eu pudesse ler sem parar. Meu pai e mãe, foram se intrometendo conforme as coisas iam se efetuando positivamente, trazendo consigo um resultado satisfatório para os dois lados: o meu e o deles.
Foi em mais uma das sessões em que eu me recusava a contar o que tanto afligia os meus sentimentos, que minha terapeuta colocou em cima da mesa, um exemplar com folhas amarronzadas e capa rasgada, da obra de grande sucesso de Jane Austen, Emma. Abriu um sorriso carregado de doçura e olhou-me sugestiva.
— Você já leu algum livro, Jungkook?
— Não — fitei-o, sentindo meu nariz coçar pelo pó — Só histórias em quadrinhos e mangás.
— Por quê?
— Tem desenhos... e super-heróis. É mais fácil para entender e mais legal também.
— E você nunca sentiu qualquer interesse por ler um desses? — com as sobrancelhas erguidas, SooMin sinalizou com sua mão o objeto.
— Não.
— Por quê?
— Preguiça. É muita letrinha e não tem nenhum desenho. Preguiça, preguiça, preguiça.
— Hum... — ela coçou o queixo de leve. Abriu a gaveta ao seu lado, tirando de lá um pirulito azul gigantesco, quase que do tamanho da minha cabeça — E se em troca da leitura de um livro, eu lhe presenteasse com um doce, você toparia lê-lo?
E eu juro, juro de pés juntos, que tentei ignorar meus instintos de criança esfomeada e recusar a oferta tentadora. Só que... era doce.
Se existia uma coisa no mundo que eu amava mais do que leite fermentado, era doce; balas, bolos, sorvetes, mel, marshmellow, pirulitos e tudo o que poderia causar cáries nos dentes de crianças descuidadas. Ver minha terapeuta me chantagear com o meu ponto fraco, foi uma surpresa e tanto de início; contudo só parei para ponderar sobre, depois que assenti afoito, tomei o doce em mãos e comecei a lambuzar-me por inteiro com o caramelo azulado sabor tutti-frutti.
