Chapitre quatre

281 34 181
                                    

21 mars 2020; samedi

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

21 mars 2020; samedi

ACORDO COM uma leve dor no ombro, noto que ainda estou deitada em cima do braço de Nate. Passo a mão pelo lençol que cobre o meu corpo, noto que ainda estou nua. Olho para o lado, Nate dorme como um anjo, mal respira, parece uma obra de arte a ser admirada.

Levanto fazendo o mínimo de movimento possível, pego o meu celular de cima da cabeceira da cama e vou para o banheiro, fecho a porta e ligo o celular, tem uma chamada perdida da minha mãe, olho no visor e já são dez horas da manhã; resolvo retornar.

Bom dia, princesa! — mamãe diz, com sua voz doce.

— Bom dia, mãe.

Eu te acordei?

— Não, eu estou indo tomar banho. — Coloco o celular no viva voz e o apoio em uma das prateleiras de dentro do box, entro no mesmo. — Vão estar em casa nesse final de semana?

É claro, pretende vir aqui? — ela pergunta e a porta do banheiro se abre, Nate aparece apenas de boxer e eu esqueço o que mamãe disse. — Cher? — Faço sinal de silêncio para o Nate.

— Sim, mamãe. Eu tenho que desligar, até mais tarde — me despeço.

Tudo bem, princesa. Se cuida.

— Eu te amo — digo, ouço a recíproca e desligo a chamada.

— Bom dia — Nate diz, sorrindo.

— Bom dia — digo.

Sem pedir, ele retira a boxer e entra no box comigo, tento manter o foco de não querer transar à essa hora.

— Vai sair? — ele pergunta, enquanto eu ligo o chuveiro e me molho.

— Eu vou visitar os meus pais, e provavelmente os meus irmãos vão estar lá também — explico.

— Eu posso ir junto? — ele pede, sem mais nem menos.

Fico sem resposta, apenas pego o shampoo e passo nos meus fios amarelos, enquanto ele entra embaixo do chuveiro, ele é tão alto que quase bate a cabeça no mesmo.

Fico buscando alguma expressão de brincadeira ou ironia em seu rosto, mas sem sucesso.

— Claro — respondo, depois do que parece ser uma eternidade.

Ele tira a água do rosto e me observa.

— É sério?

— Sim. — Ele definitivamente é um pouco indecifrável.

— Legal.

— Mas não somos namorados, tá bom?

— Não somos?

Cherry | H.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora