5.

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m.

1 semana depois...

uma semana havia se passado desde o luau e minha rotina tinha voltado ao normal, o que era totalmente estressante pra mim. meu Deus, como eu odiava tudo isso.

estava em meu quarto conversando com minhas amigas no grupo do whatsapp, e reclamando o quanto minha vida estava parada e queria uma mudança drástica.

minhas amigas como eram incríveis deram a ideia de fazermos um dia de meninas, mas a pior parte era fazer minha mãe deixar.

deixei meu celular em cima da cama e respirei fundo antes de ir para a minha cadeira, e ir atrás de minha mãe a encontrando na sala mexendo no seu celular.

– mãe? posso falar com você rapidinho? – digo no impulso da coragem.

– fala. – diz totalmente seca sem tirar os olhos do celular.

– as meninas deram a ideia de virem aqui em casa fazer um dia de meninas, elas podem vir? – pergunto torcendo para ouvir um sim.

– não. – droga.

– por que não mãe? – pergunto chorosa.

– porque não quero bagunça maisa. – ela diz olhando rápido pra mim.

– mas elas nem são bagunceiras mãe, são super de boas e a gente só vai ficar no quarto sem atrapalhar ninguém. – tento mais uma vez.

– eu já disse que não, maisa, tá surda? – meus olhos se enchem de lágrimas mas não as deixo cair. eu não entendia porque ela era assim comigo.

– eu nunca recebo ninguém aqui, fico o dia todo em casa e nem fazer um curso eu posso, as vezes eu quero sair e também não posso, ir na padaria que é perto de casa nem pensar, só fico em casa todos os dias e quando peço uma única vez pra elas virem aqui a resposta é não, eu só queria ter um dia bom uma única vez. – falo tudo sem pensar e já ia saindo pro meu quarto mas minha mãe fala me impedindo de ir.

– tá bom maisa, elas podem vir mas não quero ninguém enchendo meu saco. – diz se levantando e indo pro quarto e logo em seguida batendo a porta forte.

fiquei alguns segundos parada pensando nas palavras grosseiras que ouvi e uma lágrima escorreu pela minha bochecha, mas logo tratei de limpa-la, não iria mais chorar pela minha mãe, não mais. voltei pro meu quarto e avisei as meninas que elas poderiam vir, e uma hora depois elas chegaram com doces, bolachas e máscaras faciais e entre outras coisas.

– mas me fala, cadê sua mãe? a gente chegou e nem vimos ela. – ellen pergunta enquanto comia uma barra de chocolate.

– ah... ela foi pro quarto, não queria ser incomodada. – digo suspirando lembrando do episódio mais cedo.

– eu não sei como você aguenta isso amiga, sério mesmo. – lari fala de frente pro espelho, a mesma estava passando uma máscara verde no rosto.

– eu também não sei como aguento isso tudo e não saberia explicar, só sei que estou sobrevivendo a cada dia mais. eu deixei de viver faz tempo. – digo cabisbaixa.

– amiga, por que você não pede ajuda? é sério, isso que você passa com a sua mãe não é bom pro seu psicológico. você mal sai de casa amiga, se a gente não vem aqui hoje te ver, sabe Deus quando iríamos te ver de novo. – lara diz e eu vejo preocupação em seu rosto.

– meninas, eu não tenho um emprego nem um curso técnico pra ajudar minha situação, ela não deixa eu fazer nada porque quer ficar com o meu benefício todo mês pra ela. eu não tenho pra onde correr nem pra quem pedir ajuda, eu só estou aqui porque tenho minha cama e comida pra comer de vez em quando. essa é minha vida, infelizmente. – digo tentando segurar as lágrimas mas estava totalmente difícil e acabei chorando.

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