15.

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m.

1 mês depois...

ok, eu estava nervosa. não, eu estava muito nervosa.

já havia se passado um tempo que eu estava ficando com juan, e acabamos conversando e decidindo que ele iria vir na minha casa falar com meus pais, na verdade ele quase que implorou pra vir aqui e eu acabei aceitando.

porém eu não estou cem por cento confortável com isso, acho que está muito cedo pra tal coisa, mas ele não liga, só quer falar com os meus pais.

tentei fazê-lo esperar mais, mas não deu certo né. combinamos que ele viria hoje de noite na minha casa, e eu já tinha falado com meus pais que juan vinha aqui conversar com eles, mas não falei pra quê.

conversei com as meninas sobre isso, e elas disseram pra eu relaxar pois estava muito nervosa. mas a verdade é que eu não sabia se queria realmente queria isso, eu gostava de ficar com o juan, ele era legal e carismático, tinha alguns defeitos mas quem não tem?! mas mesmo assim eu não sentia que era isso que eu queira pra agora.

realmente não entendo porque caralhos estou com esse sentimento de que não está certo, mas eu tinha que tentar não tinha? mas também tinha uma coisa que estava fodendo com a minha cabeça. eu não parava de pensar no ramon.

teve uma vez que eu estava conversando com juan por ligação, e eu o chamei de ramon sem perceber, ele ficou puto comigo mas eu contornei a situação e consegui fazer ele ficar calmo. outra coisa que aconteceu foi quando estávamos nos beijando e eu idealizei que era ramon e quando abri os olhos consegui ver o rosto dele, mas quando juan falou comigo automaticamente seu rosto reapareceu pra mim e eu percebi que estava tendo um tipo doido de alucinação.

eu não sei o que estava acontecendo comigo. eu não via mais ramon em nenhum lugar e estava com medo de esquecer seu rosto. eu estava com juan, mas meus pensamentos eram tomados por ramon, foi quando minha ficha caiu que eu gostava de ramon. eu neguei até o fim esse sentimento novo, não queria acreditar que estava gostando de alguém que nunca beijei, nunca abracei e só troquei algumas palavras.

depois de negar esse sentimento por vários dias, acabei percebendo que não tinha pra onde correr, eu gostava de ramon e não poderia fazer nada, a única saída que eu tinha era deixando de gostar dele e pra isso eu teria que me entregar de verdade pra juan, porém eu não conseguia, simplesmente não conseguia achar isso certo, eu não conseguia me sentir confortável sabendo que juan não é o ramon.

meu celular apitou e eu o peguei vendo no visor o nome de juan avisando que estava em frente de minha casa me esperando. sai da cama me sentando na minha cadeira e fui abrir o portão pra juan entrar.

assim que ele me viu me cumprimentou com um selinho rápido, o levei até dentro de casa e disse para que ele se sentasse no sofá, para que eu pudesse chamar minha mãe e meu pai.

– mãe? – apareci na porta do quarto de minha mãe.

– hum? – responde com um som nasal enquanto mexe em seu celular sentada na cama.

– juan chegou e está na sala esperando vocês, cadê o pai? – pergunto olhando pelo quarto não o vendo.

– tá no banho, acabou de chegar do trabalho. – diz e se levanta da cama. – depois ele vai lá.

dou espaço pra ela passar e ela vai diretamente pra sala, e eu vou logo atrás. vejo juan se levantar com um sorriso simpático e estende a mão pra minha mãe que o aperta ainda séria.

– é um prazer conhecê-la pessoalmente márcia, sou juan. – diz e minha mãe se senta no sofá ainda o encarando.

– certo, meu marido está tomando banho mas daqui a pouco já chega pra podermos iniciar a conversa. – diz e juan assente com a cabeça e se senta no sofá.

a procura da felicidade.Onde histórias criam vida. Descubra agora