Jaskier
Os primeiros raios de sol encontram meu rosto fazendo-me despertar aos poucos. Não dormia tão bem a anos, para ser mais específico, desde que meus pais morreram. Todas as noites os pesadelos faziam-se presentes, fazendo-me perder o sono e não dormir mais temendo sonhar com a morte deles de maneiras variadas outra vez.
Na cama ao lado, minha irmã dormia tranquila sem nenhum resquícios de que estava sonhando, apenas dormia sem ter preocupações. Levanto-me esticando os braços para cima buscando espantar o sono e a preguiça, vou ao banheiro do corredor notando que apenas eu havia acordado. Dentro do banheiro passo uma água no rosto e faço minhas higienes matinais, logo saindo do banheiro indo para a cozinha. Decidi fazer o café da manhã como agradecimento a Alec por ter nos deixado ficar aqui noite passada e doía ter que imaginar como eu falaria para Jiulia que teríamos que ir embora já que ela acabou, aparentemente, apaixonando-se pelo o louro.
Faço café, torradinha com alguns pães que tinham no armário, coloco algumas frutas em cima da mesa e agora estava fazendo chá de camomila. Meu preferido e por mais que fosse um chá para acalmar, havia café então tínhamos duas escolhas, mas eu escolheria tomar meu querido chá. Quando viro-me para colocar a chaleira na mesa noto que Geralt dormia na sala, seus braços estavam cruzados na sua barriga, os cabelos estavam soltos e seus pés, agora sem os sapatos, eram bem maiores do que apenas aparentavam ser.
Vendo ele dormir nem parece aquele homem de poucas palavras, recluso e frio. Parecia um homem normal que nunca matou seja humanos ou monstros, dormindo era tranquilo e bonito, não que ele não fosse quando estava acordado, ele apenas parecia mais interessante de se observar. Resolvo parar de olhar caso ele acordasse e me visse encarando ele.
Lembro-me de Pltoka e saio para colher algumas flores para a égua que gostava muito de flores, segundo o que um passarinho verde me contou. Abro a porta com cuidado para não acordar o bruxo que ainda dormia e dou de cara com o animal já acordado.
- Bom dia, Plotka. Como passou a noite, hum?
Me sentia um pouco bobo de conversar com uma égua, mas ela parecia entender o que eu falava então eu continuei.
- Seu dono costuma passear com você de manhã?
Ela balança a cabeça para o lados e eu rio com a sua resposta um pouco impressionado com o fato de que ela havia entendido o que eu disse.
- Bom, então vamos passear um pouco. Já fiz o café da manhã então quem quiser comer é só se servir. Quanto a você, teremos um banquete de flores.
Falo desamarrando o nó da sua rédea em volta do tronco e guio ela até a beira do lago. A égua parecia estar gostando do que comia, mas logo para repentinamente olhando ao redor e mexendo as orelhas buscando captar algo.
- O que foi Plotka? Está ouvindo algo?
Ela leva os dentes até a ponta da manga da minha camisa e me puxa para o lado que viemos. Fico escondido atrás dela esticando meu pescoço tentando ver se iria aparecer alguém ou algo, até que vejo uma coisa enorme de grandes olhos amarelos erguer-se dos arbusto. Tento entrar na casa, mas num movimento rápido acabo tropeçando, causando um baque oco do meu corpo em contato com o chão chamando a atenção do monstro. Corro para os fundos da construção de madeira trazendo Plotka comigo e para o animal não acabar se machucando, espanto ela para o outro lado da casa enquanto o monstro aproximava-se de nós.
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Dandelions [HIATUS]
FantasyGeralt de Rívia, conhecido como o bruxo mais sanguinário que havia entre os poucos bruxos que ainda existiam, mas quem imaginaria que seu coração seria roubado por um simples bardo e que o ladrão de seu coração também sentia o mesmo?