A ascensão dos primogênitos

voltando para casa

CAPITULO SEIS

Dia 18/07/2019 – Genevieve Tid e Aryel Sanders – Estados Unidos (NOVA YORK).

Genevieve se encontrava parada nas ruas lotadas de Nova York com Ary em seus braços, o garoto ainda estava acordado, porém sem forças para andar, seu rosto estava pálido e sua expressão era de muita dor, não fazia a menor ideia do que estava acontecendo, o mesmo respirava fundo tentando manter a calma, precisavam de um local isolado e pouco visível, para que pudessem pensar melhor e ir até o hotel sem serem vistos por rastreadores ou caçadores, Vieve o arrastou até o beco mais próximo, algo extremamente fácil de encontrar na cidade, ambos caminharam com os braços entrelaçados até o local e lá repousaram.

- Fica acordado. – Bradou. – É pior se desmaiar, acredita em mim. – Afirmou.

- O que é isso? – Ary indagou em gritos de desespero.

- Veneno, mas eu vou dar um jeito, confia em mim.

- Dói muito. – Disse com a voz fraca e os olhos fechados e contraídos.

- Aguenta. – Encorajou. - Isso não vai te matar, só vai causar alguns efeitos perturbadores. – Explicou de maneira calma enquanto pensava com calma nas opções.

Enquanto ambos se encontravam agachados no chão, dois homens se aproximavam com cautela, usavam roupas pretas e nenhuma mascara, não tinham medo de serem vistos, eram humanos, trabalhavam para os Partels caçando e matando sobrenaturais, e Aryel Sanders estava em primeiro lugar na lista de prioridades, ele era a chave para a queda da barreira e a vitória dos humanos, uma oportunidade que acontecia ocasionalmente quando um Guardião morria, estavam com sorte.

-  Encontramos ele – Um dos homens disse.

O homem olhou fixamente para os dois adolescentes a fim de identificar mana, no entanto, apenas Ary a emanava, enquanto Genevieve estava camuflada, assim que o mesmo terminou a avaliação, fez sinal para o seu colega.

- Queremos só o garoto. – Afirmou. – Saia de perto e não iremos te machucar. – Concluiu.

Assim que o pegassem iriam apagar as memorias da garota e seguir em frente como se nada tivesse acontecido, Genevieve, sem contrariar se levantou devagar e saiu de perto de Ary, dando espaço para que os dois homens se aproximassem do garoto para mata-lo.

- O que é tudo isso? – Ary perguntou baixinho.

Estava meio tonto e com a vista turva, não conseguia entender ao certo se estava ou não na beira da morte, seus ouvidos abafavam o som e nada fazia sentido, logo iria desmaiar.

- Vamos leva-lo. – Novamente um dos homens disse no rádio.

Enquanto isso Genevieve observava de maneira calma, sabia que não tinha muito tempo, precisava mata-los, de maneira ágil, pegou a faca que estava escondida embaixo de suas vestes e se aproximou de um dos homens que estava de costas, com rapidez pulou em suas costas e cortou sua garganta, o mesmo caiu ao chão enquanto seu sangue manchava o cimento com o vermelho vivo, o outro caçador, com os olhos arregalados apontou a arma para ela que agora estava verdadeiramente encurralada.

- Quem é você? – Bradou o caçador.

- Te interessa? – Retrucou.

Partiu para cima do homem mesmo ele estando com uma arma, com agilidade desferiu socos e chutes na tentativa de atrasa-lo, não poderia usar seus poderes mesmo estando camuflada, pois isso colocaria tudo a perder, precisava de um plano mais sólido que não arriscasse sua vida e a de Ary. Em meio a luta, Genevieve perdia drasticamente, estava completamente machucada e surrada, havia levado inúmeros chutes e socos e até mesmo um tiro, sem forças para continuar, caiu ao chão, olhava ao redor e nada poderia salva-los, precisava dos seus poderes, precisava reagir e correr o risco, tudo já estava perdido, Aryel estava encurralado e logo estaria morto, neste instante sua mana crescia incansavelmente dentro de seu corpo, sentia uma corrente elétrica correr por sua pele, não tinha controle sobre tal poder, apenas olhava fixamente para aquele homem pensando em todas as formas possíveis de mata-lo, mas não demorou muito para que encontrasse a maneira perfeita, em apenas um piscar de olhos o pescoço do homem havia quebrado e o mesmo se encontrava caído ao chão, duro e morto, "Eu fiz isso?" pensou ela, sabia a resposta, era mais poderosa do que pensava, mas não tinha tempo para isso, não agora, precisava dar um jeito de curar Ary para realizar o tele transporte e voltar para a segurança de Cluj-napoca.