CÁPITULO SETE
Bryam Rickdom 17/07/2019 – Vancouver (Canadá)
A manhã estava acolhedora, o sol, em conjunto com o clima fresco dava um ar feliz, e incentivava a autoestima, algo que Bryam Rickdom não tinha, mesmo sendo cobiçado entre as garotas do colégio e estar sempre em primeiro lugar nos jogos escolares, ainda se vera como alguém inferior, isso porque sua família era composta por indivíduos fortes, inteligentes e com extrema conexão ancestral, e, de todos os membros ele era o único que não carregava consigo nenhuma das habilidades, pelo contrário, tinha poucas demonstrações de força e inteligência e extrema e, além disso, nunca havia entrado em contato com seu ancestral. É claro que era mais anafado do que humanos, mestiços e espécies descendentes, no entanto isso não bastava, sonhava com o dia em que daria orgulho a seu pai, assim como sua irmã Alexia sempre fazia desde que nascera.
Seus pais se encontravam de plantão enquanto ele e sua irmã se arrumavam para a escola, tinham uma vida monótona e sem muitos afazeres, os afazeres de Bryam consistiam em ir para escola, estudar e se dedicar ao time de futebol ao qual participava, quando estava em casa tratava de arrumar os cômodos e preparar as refeições, já Alexia passava horas em treinamento e em meditação, quando estava na escola, se dedicava somente aos estudos e não participava de nenhum clube ou atividade extraescolar. Após se aprontarem desceram até a cozinha para preparar o rápido café da manhã e seguir para o colégio, o espaço era confortável e amplo, com todos os utensílios necessários para uma boa culinária, mesmo que eles não usufruíssem muito bem disso. Preparam um lanche natural com muitos legumes e verduras acompanhadas de frutas e suco natural, tudo muito bem embalado e seguro, enquanto esperavam a chegada dos pais.
- Chegamos! – Disse Allan, pai de Bryam enquanto entrava pela porta de sua casa. – E com boas novas. – Afirmou sorrindo.
- Conseguimos transferência. – Marla, sua mãe, gritou. – Isso significa que vamos embora mais cedo. – Afirmou indo em direção ao filho.
- Que ótimo. – Ironizou Alexia.
Tinha seus quatorze anos e estava extremamente irritada de ter de se mudar, amava o Canadá e possuía muitos amigos, os quais teria de deixar para trás e recomeçar uma nova vida.
- Quando vamos? – Bryam perguntou relutante.
- Dia dezenove, como o combinado. – Afirmou o pai.
- Em dois dias? – Alex gritou inconformada. – Isso é ridículo nem vou ter tempo de me despedir, porque não podemos ir somente para o ritual e voltar?
- Sabe que é necessário pelo menos seis meses de união e adaptação quando um novo guardião assume, seja mais compreensiva, sua vida não acabou. – Bradou Allan sem paciência. – Para o tamanho do seu poder, ainda é bem infantil, talvez não o mereça e não esteja preparada.
Em um instante a menina se calou com um semblante revoltado, queria ser poderosa e levar o legado da família adiante, mesmo assim era arrogante e prepotente; Bryam que observa deu um sorriso disfarçado, sentia um tanto de inveja da irmã, faria coisas incríveis se tivesse herdado tais poderes, mas não tinha então caçoar da repreensão de Alex era o máximo que conseguira para lhe satisfazer.
- E as passagens? Como vamos organizar tudo? – indagou o garoto.
- Não vamos, iremos recomeçar alugar esta casa e recomeçar, não precisamos levar nada além de roupas e pertences às passagens estão compradas há semanas, apenas precisávamos da confirmação e agora temos. – Marta respondeu.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A ascensão dos primogênitos
RomancePASSANDO POR REVISÃO... Em um mundo onde humanos e sobrenaturais são forçados a conviver, as regras entre o certo e errado se deturpam e diferentes movimentos revolucionários lutam por sua ideologia. Nesse contexto, quatro jovens de famílias ancestr...