SEBASTIAN
Quando tudo na minha vida estava fluindo perfeitamente minha irmãzinha e minha namorada são sequestradas, ao mesmo tempo. Eu sei que desde que começamos a investigar os sequestros havia um alvo enorme nas costas da Stella, mas nunca pensei que atacariam ela assim. Já faz uma semana desde que ela e Amber estão desaparecidas. Papai está a ponto de matar alguém de tão irritado e preocupado.
– Sebastian!! Ligaram do hospital, Amber acabou de dar entrada lá, disseram que ela foi encontrada na beira da estrada, desacordada. – Ian disse entrando na sala muito rápido. Nem pensei duas vezes e sai correndo em direção ao hospital, o resto da equipe me encontraria lá.
Quando cheguei fui encaminhado para o quarto onde Amber estava, ela tinha alguns ferimentos, mas nada muito grave. Não demorou muito até que o resto da equipe chegasse e o quarto ficasse cheio.
– Hey!! – Eu falei assim que ela abriu os olhos.
– Sebastian, é tão bom te ver. – Ela disse com um sorriso.
– É muito bom saber que você está bem. – Eu respondi apertando a mão dela.
– Ok pessoal, vamos deixar o papinho romântico pra outra hora. Porque eu não sei se vocês perceberam, mas Stella continua desaparecida. – Tyler disse irritado.
– Ai meu Deus, Stella!! – Amber disse sentando na cama. – Me desculpem eu... eu não consegui ajudar e... e ela teve que ficar pra tás.
– Como assim? – Tyler perguntou nervoso.
– Nos levaram pra um armazém abandonado perto da rodovia. Ela... ela torturou Stella e eu não pude fazer nada. – Ela falou enquanto lágrimas corriam por seu rosto. – Quando conseguimos escapar, eu estava muito fraca e Stella ficou pra segurar os capangas para que eu pudesse vir até vocês, nós não íamos conseguir juntas.
– Você está dizendo que a minha melhor amiga se sacrificou para que você chegasse até nós? – Ian perguntou confuso.
– Sim, eu sinto muito, muito mesmo.
– Não é sua culpa, vai ficar tudo bem. – Eu falei abraçando ela.
– Bom, tecnicamente, é meio que culpa dela. – Ian falou encolhendo os ombros.
– Ian!! Não seja um idiota. – Tyler falou dando um tapa no ombro dele.
– Eu só estou dizendo que...
– Cara, melhor ficar quieto. – Daniel disse colocando a mão no ombro dele.
Nesse momento meu pai simplesmente saiu da sala como se ele fosse explodir se continuasse lá dentro e eu fui atrás dele.
– Pai!!
– Eu não posso ficar lá dentro Sebastian, não me entenda mal, eu estou feliz por Amber ter escapado. Mas estão com a minha garotinha, e não saber onde ela está me faz sentir impotente.
– Não fique assim, nós vamos encontrá-la. – Eu falei colocando a mão no ombro dele.
– Quanto a isso você pode ter certeza, eu vou revirar essa cidade até encontrar sua irmã. Eles não sabem com quem se meteram. Avise os outros para voltarem para a base. – Ele falou indo embora.
Quando retornamos a base o quadro de evidências estava vazio e meu pai estava andando de um lado para o outro como um cachorro raivoso.
– Certo pessoal, Temos muito trabalho a fazer. Eu quero que vocês falem com todos os seus informantes pra ver se eles sabem de alguma coisa. Eu quero que vocês procurem em cada canto dessa cidade, se qualquer coisa parecer estranha eu quero ficar sabendo. – Ele falou assim que começamos a entrar na sala.
