Assim que a reunião terminou e nós voltamos para o carro meu pai tratou de dar um milhão de ordens.
– Certo, tudo que vocês ouviram nessa reunião morre aqui. Vocês não podem comentar isso com ninguém. E Stella, sobre você ser a isca, não conte nada pra sua mãe, deixa que eu faço isso. – Ele falou sério.
– Sem problemas, nós não vimos nem ouvimos nada, certo Daniel. – Eu falei encarando ele.
– Certo! – Daniel respondeu balançando a cabeça freneticamente.
– Stelly você tem certeza que quer fazer isso? Você não precisa se não quiser. – Papai perguntou preocupado.
– Tenho certeza. Não se preocupe comigo. – Eu falei sorrindo.
– Ótimo, agora vamos para a base precisamos preparar os rastreadores para pôr em você.
– Quem geralmente faz isso é o Ian. – Daniel falou pensativo.
– Nada que Stella não consiga fazer sozinha. – Papai falou.
Quando chegamos na base estavam todos esperando meu pai o que fez com que nossos planos de preparar os rastreadores fossem por água abaixo.
– Hey Stelly, onde você estavam? – Sebastian perguntou assim que me viu.
– Nós estávamos investigando uma pista nas docas. – Eu falei séria.
– Não vocês não estavam, vocês estavam em uma reunião. – Sebastian falou me encarando.
– Não nós não estávamos.
– Uma reunião importante. – Ele falou semicerrando os olhos.
– Eu odeio quando você faz isso. – Eu falei empurrando ele.
– Você deixou eu entrar aqui. – Ele falou encostando o dedo indicador na minha testa.
– Idiota, você é um idiota. – Eu falei rindo.
– Stella e Sebastian, prestem atenção por favor. – Meu pai chamou nossa atenção.
Ele conversou um pouco sobre os próximos passos da missão e depois liberou todo mundo.
Eu estava exausta a única coisa que eu queria era ir pra casa e dormir no mínimo 12 horas. Quando estava saindo dei de cara com Amber, com toda aquela animação que me faz querer socar a cara dela. Não me entendam mal, eu já aceitei o fato de ela e meu irmão namorarem, mas uma pessoa que passa 24 horas por dia animada não é normal.
– Stella! Eu estava esperando por você. – Amber falou com um sorriso tão animado que me fez rir.
– Boa noite Amber! Você está me esperando para que?
– Sebastian pediu para que eu te acompanhasse até sua casa.
– Para?
– Não sei, ele só pediu pra que eu fizesse isso. – Ela respondeu dando de ombros.
– Ok, vamos no meu carro. – Eu falei me dirigindo até o estacionamento.
– Então, como foi o trabalho hoje? – Ela perguntou assim que entramos no carro.
– Nós podemos ficar em silêncio só um pouquinho, minha cabeça está me matando. – Eu falei massageando minhas têmporas, não estou mentindo. Se não estivesse com dor eu conversaria com ela, mas não estou no clima.
– Graças a Deus, eu não sabia sobre o que conversar com você; – Ela falou aliviada e eu ri.
O caminho até minha casa foi feito em silêncio, mas não um silêncio daqueles estranhos, foi confortável.