Não Fui Eu!

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O policial revelou quem era a culpada pelas mortes de Joalin e Sabina. Os membros a olharam, indignados. Não podiam acreditar que ela era a assassina.

Uns choravam, outros olhavam. Olhares que julgavam. Olhares desacreditados.

PM: As impressões digitais são dela. Não tem como ser outra pessoa. A levaremos para a Febem, pois, como é de menor, não pode ir para a cadeia.

Os membros a olhavam estranho. Ninguém dissera nada, com medo.

Sina: NÃO FUI EU!! EU JURO!!
Sina Deinert chorava, gritava.

Noah: Isso é mentira, Sina ficou exatamente O TEMPO TODO comigo na festa!!

Sina: Então!! Por favor, não me levem para esse lugar, eu não sou uma assassina!!

PM: Senhorita Deinert, acalme-se! Silêncio!

Noah a abraçou e começou a beijar sua bochecha. Sina chorava enlouquecidamente.

PM: Tínhamos uma prova concreta contra você: a pulseira...

Noah: Nós explicamos porquê!

PM: Noah Urrea, silêncio!

Sina colocou sua mão no pescoço dele.

PM: Poderiam estar mentindo para encobrir um ao outro. Outra coisa: Já achamos estranho Sabina ter morrido na casa de Deinert. Ainda mais depois de ela ter dado a desculpa de não ser lembrar com quem a vítima saiu.

Sina não tinha mais forças para falar. Apenas... chorava.

"Calma, Sina. Vai dar tudo certo" Noah sussurrou no seu ouvido.

PM: E agora temos uma prova mais concreta ainda! As únicas impressões digitais presentes na faca que matou Sabina são suas e de sua família! Como seus pais não estavam em casa, obviamente foi a senhorita.

Noah a abraçou mais forte enquanto ela chorava cada vez mais.

PM: Levaremos a senhorita ainda hoje para a Febem.

Os policiais saíram e entraram na sala. As meninas chochichavam entre si, indignadas.

Sussurrando em seu ouvido, Noah disse:

"Eu te amo, Sina. Eu te amo..."

Isso a fez chorar ainda mais.

(...)

POV Heyoon

Sina tinha sido levada para a Febem e o caso havia dado como encerrado.

Eu desconfiava dela. Na verdade, de todos, mas um pouco mais de Sina. Ela deve ter armado alguma história com o Noah para não dar suspeita. Devia ter alguma raiva de Joalin. Esse showzinho que ela deu na delegacia foi só para acreditarem que ela não era a assassina. Se ela consegue ter o sangue frio de matar uma pessoa (ainda mais sua amiga) também consegue chorar de mentira.

Meu celular apitou. Eram as meninas no grupo.

Sofya: Sina Deinert. Que babado.

Hina: Nunca esperei isso dela.

Diarra: Não podemos confiar em ninguém mesmo.

Shivani: Ela era toda certinha.

Heyoon: Essas são as piores!

Any: Gente... Como o grupo vai ficar agora?

Todas leram, mas ninguém respondeu. Desliguei o celular e fui dormir. Era muita informação em uma semana.

(...)

POV Noah

Eram 3:30 da manhã e eu ainda estava acordado, deitado de barriga para cima na minha cama.

Eu só escutava os uivos de algum cachorro. A única coisa que iluminava o quarto era a luz do luar.

Estava confuso. Alguma coisa me falava que não era Sina, mas eu não conseguia acreditar. Eu sei que devia acreditar nela, mas era impossível. Havia duas provas dizendo o contrário. Ao mesmo tempo que queria pensar que não foi ela, eu não conseguia.

Virei para o lado. O rosto de Sina me veio na cabeça. Agora eu tinha duas ideias opostas sobre ela: a da menina incrível por quem eu tinha me apaixonado e a da assassina que havia matado minhas duas amigas. Eu não sabia em qual delas eu devia acreditar.

Eu sabia que não era Sina, mas ao mesmo tempo... Ahh, estava confuso demais! Eu não queria pensar que a menina que eu amo era uma assassina!

Ou pelo menos eu queria acreditar que não era ela.

Peguei o celular e comecei a ver fotos de Sina. Dei um sorrisinho, lembrando dos momentos bons que tivemos. Mas, de repente, comecei a imaginar ela matando Joalin e Sabina... Desliguei o celular.

Pois é. Aquela noite seria longa...



Notas do autor:
Será que essa história finalmente acabou ou ainda tem muuita coisa para acontecer??

𝐅𝐞𝐬𝐭𝐚 𝐝𝐨 𝐓𝐞𝐫𝐫𝐨𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora