Capítulo 6: Born To Die

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"Escolha suas últimas palavras, esta é a última vez
Porque você e eu, nascemos para morrer – Born To Die – Lana Del Rey."

A bordo - 10h00.

Point of View: Justin Bieber.

Abro os olhos lentamente enrugando as sobrancelhas em desaprovação sentindo as frestas fortes de luzes invadirem todo o cômodo que eu estava, pelas janelas distribuídas nas paredes daquele navio, o mar hoje estava calmo e seria um dia perfeito para aproveitar as atrações que oferecem no período da tarde, até o navio fazer sua primeira parada onde iríamos ficar algumas semanas, estávamos todos enjoados de ficar um mês inteiro no meio do oceano. 

Uma coisa no Symphony of the Seas era realmente impressionante, a lista de lazer dele que não parecia ter fim, incluindo atrações que eu nunca tinha visto em nenhum cruzeiro conhecido por aí, como: um escorregador em alto mar com uma altura de 10 metros e dois exclusivos flowrider.

Seria um dia perfeito, se eu não estivesse acordado de um mau humor horrível.

Grunhi após me colocar em pé com muito esforço, levantar todo dia da cama estava virando uma luta constante, caminho em passos lentos para o banheiro molhando meu rosto rapidamente com a água completamente gelada da torneira, levanto meu rosto observando meu reflexo no espelho.

Eu estava acabado, minha cabeça estava doendo como o inferno e meu nariz ainda estava contendo sangue seco.

Os abusos das drogas estavam começando a ficar aparente em meu rosto, as olheiras estavam tão presentes e fundas que eu estava precisando usar óculos de sol para andar pelo cruzeiro, e minhas bochechas já estavam com um aspecto fundo assim como as olheiras, eu precisava dar uma desacelerada nas drogas se quisesse terminar esse cruzeiro vivo. O problema era que parecia completamente impossível com tanta coisa rodeando minha cabeça sem parar por um segundo, eu encontrava um conforto e uma paz nas drogas, que eu não encontrava em lugar nenhum.

Eu estava completamente dependente dessas substâncias e eu sabia disso, coloco a língua para fora colocando dois comprimidos do calmante em minha língua, era eles que me manteriam calmo hoje, após engolir em seco, me espreguiço sentindo meus ossos estalarem pela noite mal dormida.

Minha cabeça estava uma confusão, minha vó estava em todos meus pesadelos, eu não parava de me perguntar internamente se deveria realmente ter vindo para esse cruzeiro, tanto problemas na máfia para resolver e eu estava aqui botando tudo a perder por pura irresponsável. Se minha avó estivesse viva, com certeza ela me daria um soco certeiro na cara pela covardia de fugir de todas minhas responsabilidades assim.

Só de sentir a água quente batendo contra as minhas costas, meu corpo pareceu se recuperar completamente; eu realmente já estava pronto para outra, mas não hoje, eu iria aproveitar o dia sem perturbações.

Após longos minutos embaixo do chuveiro, termino meu banho e me arrumo rapidamente para não perder o café da manhã do cruzeiro, eu estava faminto, precisava jogar algo dentro do estômago se quisesse bater um papo com o corno do Heron. O sotaque britânico dele me causava náuseas piores do que de uma extrema ressaca.

Levanto o queixo minimamente quando piso em dos melhores cafés do cruzeiro, rolando o olhar por todo o ambiente procurando por Heron e Kendra, porém, hoje era meu dia de sorte e nenhum deles estavam no local apenas Alina comendo sozinha, como a manhã já estava acabando, restavam poucas pessoas naquele cômodo.

— Alina! Quanto tempo, sim? — deslizo sobre a cadeira me sentando de qualquer jeito olhando a garota me olhar com desdém, a convivência com a kendra estava transformando a garota.

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