Roller Coaster

Capítulo 9: Prey

“Eu estou doente e estou cansando também
Eu posso admitir, não sou à prova de fogo – The Beach, The Neighbourhood.”

Point of View: Justin Bieber.

Dou algumas batidas na porta do quarto, batendo o pé rapidamente no chão, esperando urgentemente que Kendra me atendesse.

— Kendy?! Podemos conversar?

O barulho vindo do quarto me deixa atento, dou mais algumas batidas fortes na porta.

— Porra Kendra, é sério!

Suspiro aliviado ao ver Kendra abrir a porta somente de toalha e com uma cara que iria voar em meu pescoço em qualquer momento, sorri de lado ao ver ela se afastar deixando a porta aberta para que eu entrasse.

Entro no quarto fechando a porta me encostando na cômoda em frente a cama.

— Eu preciso da sua ajuda

— Com o que? — Ela revira os olhos, sumindo ao entrar no closet do quarto.

Começo a vasculhar os seus pertences em cima da cômoda, abrindo a primeira gaveta e vendo várias peças de lingerie. Rapidamente levo um susto com Kendra fechando a gaveta e tomando a calcinha dos meus dedos.

— Não mexa, Bieber.

— Bom você sabe o que eu faço e eu sei o que você faz, tanto eu como você, não somos pessoas exemplares... — antes que eu pudesse terminar, ela me interrompe.

— Sem enrolação, o que eu preciso fazer?

Levanto as mãos em redenção.

— Preciso que sequestre o filho do Fabrício.

Seus olhos estão presos no meu, e seu silêncio estava me deixando nervoso.

— Está brincando não é? 

— Você me ajudou a matar um cara, roubar um bebê é fichinha, Kendy. E eu vou te pagar bem por isso.

— Eu não te ajudei a matar ninguém.

— Ocultação de cadáver também é crime, eu tenho dinheiro para sair da prisão, mas você não tem. Já pensou se a polícia acaba descobrindo que você me ajudou a matar um cara em um cruzeiro? Você é presa na hora, o mundo é machista e a mulher sempre é a mais julgada, infelizmente pra você e felizmente pra mim. — digo, sorrindo em seguida ao ver sua expressão de ódio.

— Quanto você vai me pagar?

— 100 mil dólares.

— 100 mil dólares é tipo 2 dólares para você, tá de brincadeira?

Me aproximo dela segurando em sua cintura, notando seu corpo ficar totalmente tenso com meu toque.

— 150 mil dólares e um beijo — sussurro em seu ouvido, mordendo devagar o lóbulo da sua orelha, me surpreendendo ao ouvir um suspiro vindo dela.

Solto uma risada fraca, ao sentir suas mãos me afastando rapidamente.

— 200 mil dólares ou não farei nada.

Dou de ombros, indiferente, dinheiro não era problema algum. Com o filho de Fabrício, eu teria muito mais.

— Me acompanhe no escritório, te passarei as informações. — Abro a porta saindo do quarto e descendo as escadas, esperando que ela me acompanhasse logo entrando no meu escritório e voltando para a mesa de reunião com os garotos.

— Conseguiu convencer ela? — Jaden pergunta.

— O que você acha?

— Eu acho que não — Charles responde.

— Opiniões de idiotas não contam — respondo Charles.

— Então porquê diabos você da tanto a sua? — Christian provoca, defendendo Charles. Reviro os olhos ao ver todos os idiotas começarem a rir me fazendo rir também.

— Que merda eu tenho que fazer? — Kendra entra no escritório, passando os olhos pelos garotos na mesa e parando seu olhar na onde eu estava.

— Começando sentando aqui do meu lado — Khalil receptivo como nunca em sua vida começa a falar — Meu nome é Khalil, o Justin é totalmente sem educação, não nos apresentou ainda.

— Khalil depois você enche o saco, estamos resolvendo coisas sérias aqui — disse firme, com a expressão seria satisfeito com o silêncio ocupando todo o espaço novamente. — Então Kendra, precisamos testar o que você sabe fazer. Teremos tempo para se preparar, a vadia do Fabrício está grávida de 33 semanas. 

Seu olhar permanece intacto contra o meu, apenas prestando atenção em minhas palavras.

— Iremos roubar a criança na maternidade, porém a maternidade terá mais seguranças que a casa branca, ou seja, precisamos de preparo até porque não será fácil roubar o neto do prefeito da cidade... — E novamente ela me interrompe não deixando eu terminar de explicar.

— Como assim neto do prefeito?

— Fabrício é filho único do prefeito, o prefeito tinha um contrato com nossa máfia, mas o Fabrício o interrompeu por questões diversas. — Jaden tenta explicar, sem muito detalhes. O que não seria suficiente para Kendra.

— Que questões diversas? — Ela pergunta sem tirar os olhos de mim.

— Eles não confiam mais na máfia Bieber, desde que Dalila morreu a máfia decaiu bastante pela má administração do Justin, estamos perdendo muitas alianças. Precisamos agir rapidamente antes que bom, você sabe... — Jaden para de falar engolindo suas palavras, quando direciono meu olhar sério para ele.

— Eu ajudo, mas quero Alina longe disso e em segurança e ela terá o que quiser se não estou fora!

— Mais alguma coisa senhorita Campbell? — debochei revirando os olhos.

— Sim, quero que cale a boca. Se vamos fazer isso, quero que leve a sério Bieber. 

— Como é? — Levanto apoiando as mãos na mesa, a olhando com tanto ódio que poderia s matar apenas com os olhos.

— Ficou surdo? — Ela provoca apoiando as mãos na outra ponta da mesa sustentando meu olhar. — Eu acho bom você baixar sua bola de traficante de beco, se você fosse tão bom assim não estava prejudicando a própria imagem, está na hora de aceitar ajuda Bieber.

Prefiro não responder, Kendra era insuportável e não iria perder meu tempo discutindo com uma vadia.

— Podemos começar ver como você é atirando amanhã e também aprenderemos algumas aulas de auto defesa — Charles começa falando.

— Vamos começar a moldar suas escutas e câmeras para te auxiliar o melhor possível, você vai precisar de roupas especiais também, iremos contatar o cara que arruma essas coisas. — Christian continua, dando suas instruções.

Charles e Christian eram a nossa dupla de instruções, eles juntos uniam inteligência e força.

Charles montava nossos treinos e o Christian os projetava na sala de criação em 3D. Khalil e Lil Za eram responsáveis por ver toda a estrutura e projetar as plantas para ser estudadas e também uma ótima dupla para arrancar uma cabeça em segundos, eu poderia dizer que é um dom de Deus, apenas usado com ações do capeta.

Apenas saio do escritório sem dizer mais nada, eles não precisavam da minha presença agora, em passos rápidos subo para o último andar da casa onde ficava meu quarto. Não queria ficar no escritório vendo a cara de vadia da Kendra.

Vadia, mil vezes vadia.

Ela se achava melhor que qualquer pessoa e isso era ridículo.

Sento na cama começando a bolar um cigarro, meu dia seria cheio amanhã, eu estava planejando explodir a mansão do prefeito. Ele iria pagar cada centavo que estava me fazendo passar, colocando meu nome na lista de procurados do FBI.