Harry ensaiou o que diria como pedido de desculpas no caminho de volta pra casa. Ele estava confuso e aflito, ele sentia que deveria contar a verdade mas como poderia deixá-la ir?
Durante o percurso, algo prendeu sua atenção, uma mulher estava pintando um quadro bastante familiar. Ao observar o retrato Harry notou semelhanças entre ele e Genevieve, onde a mesma estava em um barco partindo e ele acenava de longe.
Ele chegou à conclusão que deveria ajudá-la construir o barco, talvez esse seja seu destino, porque às vezes prender dói mais do que deixar ir.
Na janela da casa, Genevieve estava pensativa olhando o horizonte, repensando as palavras que ela disse para Harry. Era uma situação delicada para ambos, pois havia sentimentos ali e um lanço foi criado, ela também sentia culpa por querer partir e deixá-lo.
O garoto diante desse cena, fez o que era apropriado naquele momento, se aproximou sem dizer nada, apenas a abraçou por trás. Genevieve ao sentir seu toque suave por sua pele desnuda retribuiu o carinho e virou ficando de frente a ele, beijando-o como se fosse a última coisa que fizessem, eles precisavam de uma despedida.
— Você não precisa dizer nada. — diz Harry após o beijo, descansando sobre sua testa. — Não precisa dizer que me ama, e não precisa dizer que é minha.
— Harry... eu quero te dizer uma coisa. — respondeu com os olhos lacrimejando. — Ultimamente você anda nos meus pensamentos, e sempre vai está.
— Eu ando escondendo algo de você... — contou cabisbaixo já esperando o pior. — Eu realmente sei o jeito de como você sair da ilha, só não tive coragem de contar antes porque eu desenvolvi uma dependência emocional de você.
— Embora, eu esteja decepcionada por omitir sobre isso, não estou surpresa, eu também me apeguei a você. — Sorriu compreensiva acariciando seu rosto e limpando uma lágrima que escorria.
— Vai dar tudo certo, eu prometo. — garantiu seu amigo.
Dia a após dia, sem descanso, Harry construía parte por parte do barco, o mesmo que levaria seu amor de uma vez por todas para casa. Nem os dias chuvosos e nem as tempestades o fazia cessar, ele estava determinado e iria levá-la de volta com segurança.
Sua atitude, acabou comovendo o povo da ilha, devido à todo seu esforço e empenho, os cidadãos se juntaram para ajudar o rapaz a concluir seu trabalho. Harry finalmente sentia-se que pertencia aquele lugar e a compaixão das pessoas fortaleceu seu brilho.
Uma semana depois, o barco estava finalmente construído. Harry esperava Genevieve na proa, ela estava tão radiante naquele dia, e todos ao redor pareciam perceber isso. Ele estendeu a mão para que ela se equilibrasse, a garota entrelaça os dedos nos dele e sobe por fim.
— Obrigada. — a garota abraçou seu corpo com toda sua força.
— Eu sei que não podemos mudar o que aconteceu, mas você sempre terá minha devoção. Nós seremos uma linha tênue, e vamos ficar bem. — Harry beijou o topo de sua testa. Ele estava pronto.Enquanto Genevieve partia, as ondas encostaram nas rochas e no alto da colina Harry sorriu imensamente e o brilho surgiu de seus lábios iluminando todo o caminho para sua garota. Ela estava livre, e ele estava em paz.
Naquele momento, com a cidade toda unida, as nuvens se abriram.
O sol brilhou na Ilha de Eroda, mudando todas as caras feias para a forma inconfundível de uma cauda de baleia.
Talvez, um dia você verá
uma das pinturas do Kiran em seu quarto de hotel ou ler uma opinião obscura no Yelp sobre um restaurante com o cardápio mais curioso.Ou passar por alguém na rua com um penteado de estilo estranho e pensar, "de onde na terra você saiu?".
Talvez, você seja convidado
para um casamento entre vizinhos que foi preciso um oceano para uni-los.Ah, quem sabe, talvez, um dia você estará na Ilha de Eroda.
Em cada noite, o barman local ainda serve uma caneca de cerveja para aplacar o espírito celta da água, Shona.
O menino decidiu encontrar
quais outras maravilhas esperavam por ele no mundo. Entretanto, ele navegou em um dia ímpar o que fez com que todos na cidade perdessem seus cabelos, mas essa é uma outra história...

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Eroda • H.S
Fanfiction"O menino se perguntou que destino cruel os juntou, e se o destino estava envolvido, o que ele tinha reservado?"