T H I R D
Yes, Sir
Cambridge, Cambridgeshire
23 de março de 2016;I.
20h:34min PM;
Então, você têm mil e um motivos para desistir de tudo, mas sua única atitude é insistir, porque no fundo te resta um pequeno resquício de esperança que te mantém de pé. Sempre soube que eu não poderia ser o protetor dela, para isso eu teria que dispendar quaisquer sentimentos que pudesse a vir nutrir, no entanto, quando você já está acostumado a colocar tudo a perder, não importa qual será o passo adiante, você sabe que estará errado de qualquer forma. Meu pai me chamaria de palerma e me mandaria para um coleguo militar se soubesse o grande fraco que eu me tornaria. Não precisava de uma sucessão de erros, já estava convencido da besteira em que tinha me metido. Não foi apenas um erro, eu cometi todos os erros que um homem como eu pode cometer. Eu sabia que cedo ou tarde, teria que prestar contas, no entanto, a decisão de continuar errando foi unicamente minha. Essa história não é um romance policial, longe disso, permitam-me que lhes conte o dia em que me deixaram entre a cruz e a espada.
Após uma perseguição, no mínimo esquisita em termos do gênero, Niall decidiu me trazer para casa, entretanto, antes foram feitas algumas rondas nos arredores do condômino. Sempre muito prudente. Troquei de carro no final da Rua Sidney e fui para o de Dylan, por precaução e Niall continuou a dar voltas em círculos pelo Centro de Cambridge. Não estava necessariamente preocupado comigo, haviam preocupações maiores, Lorrie, por exemplo, todos os meus pensamentos estavam voltados para ela.
A lembrança avassaladora do seu sorriso alinhado e debochado, dança uma valsa em minha mente, me deixando ainda pior. Minha mania de pessimismo fazendo-se presente mais uma vez, não dá pra anular isso, por mais que eu tente.
Assim que coloquei os pés dentro da minha casa, subi as escadas como um raio, desejando com todas as minhas forças que ela estivesse bem. Sua presença naquele casa era um mártir pra mim. A angústia que rondava-me estava tomando proporções gigantescas. Meu coração parece menor nesse momento. Estou desejando com todas as minhas forças interiores que ela esteja bem. Pela primeira vez na vida eu estou sofrendo por alguém e sinceramente nunca gostaria de estar sentido essa sensação esmagadora. É como se meu mundo estivesse ruindo novamente.
Envolvido em meus devaneios desnecessários e investigativos ridículos, parei em frente a porta do seu quarto. Era a última porta de todas no corredor e aparentemente, era diferente das outras.
— Ainda bem que você está aqui, se acontecesse algo com você, eu nunca me perdoaria. — vou desabafando assim que a porta é aberta e sem lhe dar a chance de questionar a respeito, a abraço com toda a força, deixando Niall visivelmente incomodado. Só preciso senti-la, ter certeza que ela está bem e deter esse abraço pelo máximo de tempo que eu conseguir.
— Senhor, já revistamos os arredores da casa e tudo está em ordem, mas por precaução, Dylan e os outros estão fazendo outra varredura no condomínio. — Horan me informa em voz baixa, desviando a atenção para fora do quarto por um instante, conhecendo-o como conheço, sei que não está me contando tudo. — Também já falei com Balvin, segundo ele nos preocupamos à toa e o senhor Standall está chegando em alguns minutos, como solicitou.
— Que ataque preocupação é esse, sr. Styles? — Lorrie questiona-me um tanto sarcástica e me afasta de si, esticando os braços contra meu peitoral, alternando a atenção entre Niall e eu. — O que aconteceu, Sir Styles?
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Yes, Sir | H.S
Fanfiction"Há consequências em cada um dos nossos atos, não importa quais sejam eles, tudo ocorre por um motivo específico", pensava o egocêntrico Harry Styles, no auge dos seus 27 anos, herdeiro de um império no ramo farmacêutico, até então estabilizado emoc...