EIGHTH

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E I G H T H

Yes, Sir

Cambridge, Cambridgeshire
24 de Abril de 2016;

I.

13h:56min PM;

Passousse um mês desde que Edwin me obrigou a pular do Opala em movimento, no final da Rua Rose Cresce. Bati a cabeça contra a calçada e fiquei inconsciente por dois dias, quando acordei estava com dores por todo o corpo e escoriações leves, nada sério ou grave o suficiente para que eu fosse para um hospital, fiquei sob os cuidados do Dr. Quentin Roubles, em casa.

Minha vida mudou completamente desde aquele dia, passei a me enxergar de uma forma diferente, não só a mim, mas a todos ao meu entorno, principalmente Harry Styles que passara de vilão a herói em questão de horas, ainda que no fundo eu tivesse a sensação de que ele estava querendo me proteger, todavia, preferi acreditar na minha falha razão que apontava para um ser arrogante e imprevisível que queria apenas me domar e tornar-se meu dono.

Naquela noite eu quase perdi minha vida; mas por alguma razão eu sobrevivi àquele dia tempestuoso, no entanto, as coisas não saíram como eu esperava; Harry e eu não ficamos juntos, contrariamente, ele agora me evita como pode, limita-se a me cumprimentar durante as manhãs e noites, são saudações cortantes como lanças afiadas, mal nos vemos. Me dói saber que eu não passo da mulher que ele está protegendo por ser solícito a uma mãe desesperada e por falar nela, Madame Lars veio me ver na semana passada e conversamos bastante sobre suas motivações para não querer a polícia envolvida no caso, também me contara sobre a suposta primeira vez de Harry Styles e não foi difícil entender o porquê dele se sentir em dívida com ela, partilham uma amizade bonita.

Eu sinto sua falta quando não consigo dormir
Ou logo depois do café
Ou quando eu não consigo comer
Eu sinto falta de você no meu
banco da frente
Ainda tenho areia nos meus
suéteres
Das noites que não nos lembramos
Você sente minha falta como eu
sinto a sua?

Às vezes ainda acordo no meio da madrugada, assustada, chorando, assombrada com as lembranças do fatídico dia em que quase passei dessa pra melhor, a terapia ajuda bastante, entretanto, não é o bastante para que eu esqueça todo horror vivido. Ele prometeu voltar e deu minha morte como algo iminente.

Balvin Ellis vai à mansão Styles constantemente levar informações sobre pistas do paradeiro de Edwin e Rabbiot, no entanto, até agora não conseguiram capturá-los. Me aterroriza saber que o psicopata está à solta, mas me sinto segura ao lado de Niall que me segue por todos os lados. O loiro carrancudo continua carrancudo e fala apenas o necessário sempre que saímos pra algum lugar, embora raramente eu vá há algum lugar que não seja a Universidade. Que ironia, antes eu queria sair e não tinha permissão, agora que posso sair, não sinto vontade de ir a lugar nenhum. Sinto que estou num impasse, mas isso não me surpreende, nunca fui boa comfair-players. Já não o chamo de <strong>Sir Harry Styles, só quando estou com raiva e apenas em meus pensamentos. Nada é como antes entre nós dois; sumiu o desejo dos seus olhos juntamente ao interesse que sentia por mim e isso está me enlouquecendo, não poder ter o que eu quero é devastador. Ele dorme ao lado do meu quarto, mas parece que há uma muralha entre nós dois, como se ele estivesse condenando nós dois à uma solidão imponente, definitiva e minhas mãos estão atadas.

Voltei à Universidade de Cambridge na semana passada e aos poucos estou voltando à rotina. Estou correndo contra o tempo para concluir o semestre sem reprovar em nenhuma das matérias, Grant e Dellane estão me ajudando nisso, são ótimos amigos, os melhores que poderiam surgir na minha fatídica estada em Cambridge.

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