Um par de mãos fortes atiram-me contra o chão e assim que eu colido com o pavimento, o meu corpo está cheio de dores.
"Vê por onde andas anormal!" Ele diz. Jason é a pessoa que mais se empenha em destruir a minha vida. Ele vai-se embora com os seus amigos enquanto eu me levanto dando continuidade ao meu caminho pelos corredores frios.
Todos os dias é a mesma coisa; eu tento sempre manter-me invisível, contudo nem sempre tenho sorte. Eu sinto-me como um fantasma: com medo de sair das sombras e queimar-me. Na verdade, eu tenho é mais medo de socializar com os outros e essa é a razão pela qual eu não tenho amigos, mas de qualquer das formas eu não preciso deles, eu estou melhor sozinha.
Os meus olhos estavam a acompanhar os passos que eu dava com as minhas all-star sujas e usadas quando eu comecei a ouvir risinhos e murmúrios cruéis sobre mim, não que eu estivesse à espera de outra coisa como é claro.
Eu vivo numa casa pequena com a minha mãe, visto que o meu pai morreu há cinco anos. Já não magoa muito... Eu e ele também nunca fomos muito próximos. Desde que ele morreu a minha mãe tornou-se numa alcoólica... Ela já nem quer saber de mim, tudo o que ela se interessa agora é com Whisky e Vodka e magoa bastante.
Desta forma, eu é que tomo conta de ambas nós. A mãe não tem emprego por isso eu é que tenho de fazer algum dinheiro nos fins de semana. Nós só temos suficiente para comida e para pagar as despesas, mas mesmo assim já é difícil. É sem dúvida uma vida difícil e eu odeio-a.
Eu saí da escola feliz por saber que era fim de semana e andei até casa com o vento a esvoaçar-me os cabelos. Era inverno, mas não havia nenhuma neve, nunca neva por cá.
Quando cheguei a casa corri para o meu quarto, a minha mãe estava deitada a dormir no sofá com uma garrafa de Whisky ao pé dela como é habitual.
Eu fechei a porta e pus-me a pensar: Será que esta miséria alguma vez passará?
Fiquei a ouvir alguma música até às quatro da tarde, até à hora de ir passear o meu cão, Tom.
Eu não disse nada à minha mãe, não valia a pena, ela nem me iria ouvir se eu falasse. Eu calcei as minhas converse e vesti o meu casaco castanho sob as minhas jeans e blusa vermelha e para completar meti um cachecol branco e quente.
Andei até à porta com o Tom a seguir-me, assim que saímos começamos a andar até à floresta. As ruas estavam calmas, não havia carros e não se podia ouvir nem um pássaro, o único som era o vento, o que só fazia as coisas ainda mais assustadoras.
Depois de uma caminhada de quinze minutos, nós chegamos à entrada da floresta. Eu nem sequer sabia o porquê de estar aqui... Acho que sendo que ninguém aqui vinha era um fator atrativo já que gosto de estar sozinha. Mesmo estando perto da entrada da floresta eu não entrei. Ninguém o fazia, penso que essa é a razão de ninguém cá vir; eles estavam assustados, assustados de algo que nem sequer existia, pois não há nada na floresta... Ou assim eu pensava.
Eu estava sentada contra uma árvore a assistir ao Tom a brincar e a correr. Ele continuou assim por mais cinco minutos até que de repente ele começa a correr para dentro da floresta! Ele deve ter visto um esquilo ou algo do género.
"Não! Espera! Tom!" Eu gritei, mas era tarde demais. Ele já tinha ido para além daquilo que a minha visão conseguia captar. Eu corri até à entrada, mas de repente parei.
Eu ia mesmo fazer isto? Eu ia entrar na floresta? E se eu me perdesse e nunca mais voltasse? E se houvesse lá criaturas a viver? Talvez haja zombies... Oh cala-te, Rose! Zombies não existem e eu vou entrar... Eu não posso deixar o Tom desta maneira.
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The Beast (Tradução PT)
FanfictionA Rose sabia que este mundo estava repleto de mistérios, mistérios ainda por descobrir. Ela sempre sonhou com uma vida normal sem quaisquer preocupações ou culpa. Mas claramente, o destino tinha ideias contrárias. Ao correr para a floresta, ela acab...