A cura

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Um clima estranho paerou sobre a casa no meio daquela floresta que ninguém tinha acesso. Três dias depois de Yuan ter ido além do recomendado por Wei Ying, o fato dele não ter salvado o garoto envenenado os deixava impacientes. O pré adolescente se sentia culpado, deveria ter insistido mais.

Agora, por conta de sua desobediência, seu pai ainda não havia voltado se seu "enraizamento". Gastou muita energia para ajuda-lo. Ao menos afastaram os espíritos malignos que buscavam se alimentar por ali.

Wen Ning no meio de tudo isso só podia desejar que ficassen bem. O menino não era culpado o ensinaram que deveria salvar vidas, embora não fosse só a vida da outra criança que estivesse em jogo, a segurança de Wei Ying também. Se bem que o rei nunca ia até ali, mas isso não impedia de outras pessoas também irem.

- Tio, eu deveria ir tentar salva-lo - sugeriu de cabeça baixa, de joelho nas pedras, se alto punindo - Não existe cura, ele vai morrer se você não cuidar dele.

- Ja fazem 3 dias Yuan, cabe ao mestre Wei salvar ou não aquela criança - respondeu rude, não por estar irritado, mas por saber que se ele saisse ou chegasse proximo a parede enfeitiçada, a avó criaria ainda mais barreras para impedir que o mundo chegasse perto de Wei Ying.

O menino não falou, apenas colocou as mãos no chão e concentrou seu poder. Conhecia o bem a estrutura espiritual do garoto com quem conversou, parecia com a sua, talvez conseguindo se comunciar, eles ainda pudessem salvar o que foi envenenado.

Sentia a raizes de seu poder espiritual pecorrer por entre a floresta em busca de conexão. Linhas azuis poderosas que consumiam sua força vital, quase o matando, mas ela encontram conexão, varias delas. Até mesmo traços alaranjados que lembravam o poder espiritual de Wen Ning. Vinha do mesmo lugar. Estavam juntos e pareciam preocupados. O roxo hostil e o amarelo esnobe conectado a um escuro veneno. E ali, bem ali, três do mesmo azuis.

O suor pingou. Estava cansado, mas finalmente achou. Fez sua última concentração firme. Fez aquilo que só Wei Ying poderia fazer com maestria. Enraizou sua energia na mente do dito príncipe e o mandou voltar. Deu as cordenadas da parede enfeitiçada  e falou sobre a cura. Ofegou quando o outro se ajoelhou no chão sentindo dor e gritando. Pareciam conectados. Azul e laranja no mesmo poder espirutal. Podiam conversar bem.

Sentiu uma mão no seu ombro. Mas nao era Wen Ning. Mas sabia que ele o enxergava e parecia não gostar do que estava fazendo ao príncipe. Então abriu os olhos, e la estavam os dourados de suas lembranças. Os dourados que sempre quis ver novamente. Ele o repeliu. E sua conexão fora quebrada.

Olhou para o mais velho ali, que estava preocupado e confirmou com a cabeça. Estava feito agora o Wen deveria salvar a criança envenenada. caiu cuspindo sangue, sentindo sua energia esvaziar. Jamais deveria usar a técnica de enraizamento, não tinha estrutura para isso, muito menos havia nascido para isso. Fechou os olhos devagar, pedindo desculpas a Wei Ying pela desobediência, sentindo Wen Ning o carregar para dentro de casa.

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Lan Wangji aguardava seu filho conseguir falar depois do susto que passaram. Conhecia aquela técnica. No mundo só uma pessoa poderia encontra-lo usando-a. Mas as linhas vermelhas não estavam ali. Eram azuis como as suas. Não hostis, mas afetavam seu filho, então não era aceitável. Ainda que estranho um poder espiritual ser tão parecido com o seu, não questionou. Sua linhagem não poderia usar aquela técnica, ou acabariam destruindo o próprio corpo. "Enraizar" era excluisividade de quem Curava. Sua esposa, Wen Qing, ainda que ficasse enfraquecida, poderia usar, em menor escala. Mas seus filhos não deveriam fazer isso. Embora o sangue Wen corresse pelo corpo, o da familia Lan era maior e mais ativo.

- Que estranho... - JingYi pôs as mãos no peito, ainda sentindo uma leve ardência - Ele falou para levar Jin Ling  para uma parte da floresta que foi esquecida até mesmo pelos anciãos - olhou para Xichen que encarava o chão - Tio você disse que jamais deveriamos ir ali, por que?