Capítulo XIII - Comemorações

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Mesmo que, na maioria das coisas, tudo ainda estivesse igual, aquela "pequena" mudança na relação entre o Min e o Jeon, fazia parecer que tudo tinha mudado de forma drástica. O, agora, assumido casal estava mais leve e espontâneos, além de, claro, muito mais felizes em finalmente poderem expressar tudo, que passaram meses reprimindo, sem medo. Tiveram, sim, que escutar todos os "eu te avisei" e "finalmente" dos amigos e familiares, principalmente os que vinham de  Jimin e da mãe de Yoongi, mas não se importavam com aquilo, na verdade, apenas riam, afinal, apenas os dois sabiam do medo, mesmo que  irracional, que sentiram de perder a relação que já tinham.

Então, mesmo que tenham passado meses em uma angústia desnecessária, aquela espera que, para muitos, foi sem sentido, foi o tempo certo deles. O tempo em que tudo tinha que realmente acontecer e, bem, não podiam voltar ao passado e mudá-lo, então olhavam para frente. Para a família que tinham, para o amor que nutriam, os beijos que perderam podiam ser compensados com horas extras de amassos, nenhum dos dois reclamaria, isso era certo.

E, bem, logo que acordaram na cama estranha do quarto de hóspede de Jimin,  acreditaram que era um sonho vívido demais, porém, aos poucos, enquanto a névoa do sono ia deixando os seus corpos, caiam em si sobre tudo o que aconteceu e todos os toques e belas palavras da noite anterior. Era realidade. Beijaram-se mais uma vez, ainda incrédulos, e também porque era difícil se manterem longe do toque alheio, porém não prolongaram muito a ação, afinal, amaram todo aquele tempo só deles, mas eram pais babões e sentiam falta de Junkyu.

Voltaram para casa antes das seis e meia da manhã, como tinham o costume, por causa da alimentação de Junkyu, de acordarem cedo, quando chegaram no apartamento que dividiam encontraram Jimin e Hoseok dormindo abraçados no colchão na sala, claramente, o casal tinha dormido tarde, pois dormiam profundamente. Ainda assim, tentaram não dar passos bruscos, não queriam acordar o casal, afinal, a primeira pessoa que queriam contar a novidade sobre o namoro estava há algumas portas a frente e se Jimin acordasse, este não deixaria o casal em paz até que eles contassem todos os detalhes. Entraram no quarto tão conhecido. Junkyu olhava para o teto, para o seu móbile, parecia esperar quietinho pelos pais e quando o bebê viu os dois, deu um gritinho e abriu um lindo sorriso com os dois dentinhos que nasciam no centro de sua boca, bem a mostra, matando Jungkook e Yoongi de ternura.

— Papa… papa. — chamou, olhando para Jungkook e logo depois engatinhou, segurando nas madeiras do cercado de  seu berço para ficar em pé. — Papa Gi…

Junkyu fez aquele biquinho de manha, indicando que se seus pais não o pegasse, lágrimas saíram dos seus olhos, era um pequeno chantagista. Com saudades e, também, sem querer chamar a atenção do casal na sala, Yoongi pegou o bebê gordinho, sentindo o seu cheirinho reconfortante, além de seus bracinhos cheios de sobrinhas lhe abraçando de volta, enquanto sua boca lhe babava o rosto ao lhe beijar.

— Sentiu saudades de nós, garotão? — perguntou, o moreno, fazendo a atenção do filho ir para si.

Junkyu tinha sua cabeça deitada no peito de Yoongi, pois, assim como os mais velhos amavam o cheiro dele, o bebê também se sentia mais tranquilo ao sentir o cheiro dos pais. Porém, quando escutou a voz do Jeon, que chegou por trás de Yoongi, o abraçando pela cintura e descansando o pescoço no lado oposto do pescoço em que o filho estava, o garotinho levou seus olhinhos e, claro, suas mãos foram até o rosto do moreno.

O coração de Yoongi batia forte. Estava ali, preso entre os Jeon, e nunca se sentiu tão eufórico. Pois nem todos os beijos ou palavras seriam mais fortes que aquela constatação palpável de que seu sonho — de estar com todos os seus sentimentos, em relação a aqueles dois, escancarados e aceitos — tinha finalmente se tornado realidade. Era amigo, pai e namorado, não poderia estar mais feliz e realizado. Jungkook e Junkyu foram o presente do acaso, que não almejava encontrar, ao decidir-se mudar para Seul, todavia, agora eram os motivos de sua alegria, de seus sorrisos e do coração em constante palpitação.

Lullaby - YoonkookOnde histórias criam vida. Descubra agora