GUERRA SANTA [ 1/2 ]

capítulo 18

         O sol nasceu trazendo com ele uma forte claridade e um calor absurdo. Diferente de todos os dias, estavam todos com pressentimento de que seria o fim, e se fosse, o que iram fazer para tentar mudar isso?

       Ao levantar da cama foi imediatamente ao banheiro fazer suas necessidades. Sentiu o calor na própria pele, se refrescou e desceu procurando sua amiga, nada achou, somente a menina que tinha entregado um ramo de Magnólia para ele, ela estava com a planta de novo, só que ela estava seca. Era como a natureza soubesse que iria acontecer a pior tragédias de todas. Thomas pediu para que a menina tivesse cuidado e que não saísse de sua casa hoje, afinal quem iria lutar contra Lucien?

           Abriu as portas da sala secreta e estavam todos os seis arcanjos com uma armadura dourada, inclusive sua amiga que ele suspirou de alívio por ela estar bem. Mas também com medo, ele não sabia o que o Lucien era capaz.

         Todos estavam traçando um plano para combater Lucien, ficou sabendo também de um exército de anjos que irá lutar na guerra, certo que Lucien não ia ir contra todos sozinho, ele iria trazer os caídos junto a ele para conquistar o paraíso e depois os céus.

          — Aconteça o que tiver que acontecer, vamos ficar juntos. Proteger aqueles que não podem e acima de todos, proteger o paraíso! — Amenadiel pronunciou e todos se levantaram erguendo seu tesouro.

          Os guerreiros estavam pronto para qualquer batalha, seria mais fácil a teoria. Eles iriam lutar contra um arcanjo, ou seja, a guerra será de igual para igual como supôs Amenadiel. Mas, Castiel tinha falado algo que não podiam descartar, esse ano todo por onde andou Lucien? Que tipo de coisa ele podia estar tramando? E se ele ficou mais forte ao ponto de derrotar todos? Afinal, Lucien tinha o controle sobre os caídos.

          Isso era algo que os arcanjos não entendia como Lucien consegui tamanho poder para chegar ao ponto de controlar todos os anjos expulso do paraíso para viver como animais perigosos em uma caverna longe sem nem direito a luz do dia.

          Sorah não estava nem um pouco preocupada, sempre demonstrou ser contra o amor de Lucien com Toto.

           Era um desejo proibido mas queria que fosse pelas mãos dela arrancar as asas de Lucien. Talvez o seu ego por querer ser sempre a certa, e andar nos caminhos ditos pelo criador fez ela ter essa versão bastante severa. Era a verdadeira guerreira, todos na mesa esperam que Lucien mude de ideia e encontre o perdão na alma dele, menos ela.

        A guerra sempre foi seu desejo oculto, fazia ela mesmo de uma vez por todas a morte de Lucien pelas suas próprias mãos. Ela acabará com Lucien usando seu tesouro sagrado, assim nunca mais o paraíso ou outro lugar correrá o risco de perigo, ela estava cumprindo sua missão de proteger não só os anjos como também o seu lar e dos humanos.

         Hemã ficou ao lado de Thomas o tempo todo, disse que não iria ficar longe dele nem um segundo, e que ele teria que ir. Mas, garantiu ao seu amigo sem experiência em batalha, que protegerá ele além dos caídos, do temido Lucien. Ele se sentiu seguro, era sua melhor amiga que irá defender, então não tem o porquê de ficar com medo. Lembrou também que não podia ser ferido, Lucien mesmo tinha dito que seria incapaz de tocar no corpo que tem a alma do seu amor.

         Em meios tantos momentos de Lucien com Toto, o fez lembrar o que teria acontecido com Samuel? Queria entender como que Lucien assumiu sua forma deixando de lado a alma humana. Onde estaria a alma que Thomas tinha se apaixonado, agora fez questionar se ele se apaixonou por Lucien ou por Samuel, assim questionou sua amiga quando ela teve tempo fora da conversa entre os arcanjos.

          — Não, o seu amor por Samuel é verdadeiro, assim como o dele também foi. Lucien só estar usando o corpo e a mente, o coração de Samuel é o mesmo.  Se for verdadeiro, ele ainda te ama como você ama ele. — Hemã tranquilizou o jovem que se castigava por pensamentos que deixará ele abatido em algum momento.