GUERRA SANTA [ 1/2 ]

capítulo 12

           Por um dia de folga, Samuel ficou contente por ter acordado quando o corpo dele achou que era a hora certa, e não por berros de um toque do despertador. Porém, ficou chateado por ter perdido a manhã toda na cama, queria ter dado uma caminhada ou ter feito algo para passar o tempo.

         Agora que acordou no começo da tarde, iria pegar um sol bastante nervoso, então ele que nem ouse colocar os pés para fora de casa. Depois do seu banho, vestiu uma bermuda. Era tão bom estar de folga do seu trabalho, ainda mais quando no dia anterior você tenha feito todo esforço do mundo.

         Passou por sua cozinha direto, hoje ele nem queria pegar em uma faca, estava sendo capaz de endoidar de vez, só conseguia ver panelas e mais panelas na sua frente. Se deliciou com a comida japonesa que ele pediu por delivery, ficou a tarde olhando os filmes de terror em sala enorme tv, deveria aproveitar muito ela quase que não usava, às vezes se perguntava se não era somente parte da decoração.

        O telefone tocou na mesa no centro da sala, olhou bem para a tela preta, era sua tia avó. Por quais motivos agora ela ligaria para ele, já tinha dias que chegou de viagem então não seria para saber se estava bem.

          — Oi

          “Por que você não ligou? Estava começando a ficar preocupada!”

          — Estar tudo bem tia, a casa e linda já me estalei bem.

         “E o trabalho? Como vai? Conseguiu emprego aí? Se não pode me dizer que mando um avião te buscar agora!”

          — Não tia, estou trabalhando no melhor restaurante da cidade. Aqui é incrível.

          “Maravilha! Agora só falta achar uma boa dama para se casar e me dá lindo netinhos!”

          — Encontrei alguém aqui, estamos juntos e felizes.

          “E ela é linda?”

          — Sim tia, ele é lindo, educado fofo e inteligente. Um dia apresento você.”

          “Ele...”

          — Sim, Thomas o nome dele. Trate ele muito bem porque ele estar fazendo seu neto muito feliz. Vou desligar agora, te ligo em breve, beijos te amo.

           Desligou o telefone e já era final de tarde, ele pulou do sofá e subiu as escadas às pressas. Pobre garoto apressado, teve que ficar com os dedos do pé doloridos por chutar o ultimo degrau. Sua magia estar nas mãos e não nos pés sem equilibro.

           Perfumou seu corpo com sabonete, o que era duvidoso se ele queria fazer uma camada de sabonete de tanto que ele esfregava em sua pele.

          Quem sabe ele só queria ficar cheiroso para alguém especial. Era notável que toda essa produção: cabelos penteados perfeitos para receber elogios, roupas bonitas e estilo que alguém goste, o seu cheiro marcante e único. Era como se fosse sua marca, talvez ele queria que a pessoa só lembrasse dele sempre que sentir esse cheiro. Samuel estava pronto para ir visitar Thomas, antes se prevenindo e avisando o pai dele que passaria lá para levar para um “encontro”.

          Eles estavam namorando e precisavam desse encontro, até porque Samuel também queria se desculpar com ele de ontem ter dado um bolo nele.
           

            — Thomas, Samuel ligou pedindo para sair com você, ele vem te buscar às 17:00” — Seu pai falou em um tom alto por estar na sala e seu filho na cozinha preparando algo para comer. Preocupado com ele na cozinha saiu do sofá e foi encontrar para saber o que seu filho estava aprontando na cozinha com medo de tudo pegue fogo novamente. Ficando mais aliviado quando ver que era somente alguns sanduíches que ele tinha feito.