Confesso que ter a aprovação dos meus pais quanto ao Taehyung me deixou mais disposta a tentar. Agora, já imersa nos jogos, e não mais na cantoria, passei a trocar diversos olhares e sorrisos com o mesmo, até porque nós estávamos sendo sempre os primeiros a vencer em todas as partidas de UNO, terminávamos sempre nos abraçando quando, finalmente, os dois já estavam livres de todas aquelas cartas e, consequentemente, de pagar uma prenda ou responder uma pergunta, que poderia ser pessoal demais.
Já passava da 1 da manhã quando, pela primeira vez no jogo, ficamos eu e Taehyung por último, ou seja, um de nós perderíamos o jogo dessa vez. A maior parte do pessoal já tinha ido dormir, ficou apenas o nosso grupo, além do Namjoon e Lília, que estavam sentados em um banco que ficava perto dos chalés.
TH: VERMELHO!!! – Ele gritou após jogar uma carta +4.
Eu olhei para a carta, olhei para ele e para carta novamente.
S/N: Não acredito nisso, Taehyung! – Disse lançando as minhas diversas cartas ao ar.
Todos começaram a rir e ele me abraçou, pedindo desculpas em meio a risos, depositando um beijo na minha cabeça logo após.
Bruna: Calma, amiga! Você não tem um +2 vermelho ou +4 no meio de tanta carta não? – Se agachou ao meu lado, pegando as cartas do chão e olhando.
S/N: Eu tenho +2 de todas as outras cores, menos vermelho. Você está olhando as minhas cartas, senhor Kim Taehyung? – Dei uma tapa em sua mão e ele só fazia rir. – Pode jogar, não tenho como fazer isso voltar para você.
TH: UNO! – Ele abaixou a sua penúltima carta, estava vermelho de tanto rir.
Bruna: Vai, amiga! Você ainda pode vencer!
S/N: Você realmente acredita nisso? – Perguntei apanhando as minhas cartas que caíram sobre a mesa, pegando mais quatro e juntando com as que a Bruna pegou do chão.
Bruna: Claro que sim! Fighting!Eu, na tentativa de ter uma chance de vencer, mesmo parecendo impossível, peguei uma carta azul, equivalente ao mesmo número da última carta lançada, e joguei, podia jurar que a última carta do Taehyung era vermelha. Ele colocou uma mão no rosto e começou a rir novamente, então, eu já sabia que tinha perdido, mandei justamente uma carta que remetia a única cor que ele ainda tinha em mãos.
Ele mostrou a sua carta restante em meio a gritaria de todos os presentes, eu simplesmente larguei as minhas cartas em cima da mesa e me encostei na cadeira respirando fundo.
August: Finalmente vamos ter o gostinho de ver um de vocês dois pagando uma prenda.
S/N: E quem disse que eu vou escolher pagar a prenda?
Bruna: Ahhh... então, você prefere uma pergunta? – Ela falou com um ar tão malicioso que me deixou nervosa.
S/N: Eu... eu... acho melhor pagar uma prenda.
Rafael: Ótimo! – Esfregou as mãos e olhou para cima. – Meu Deus, obrigado por essa oportunidade de unir...
S/N: NÃO! – Gritei o interrompendo. – Me perguntem alguma coisa, é melhor. – Rafael me olhou com cara de decepção.
Bruna: Tá bem então!
S/N: Tem que ser você a perguntar? Por que não pode ser outra pessoa? – Bruna é a minha melhor amiga, tinha medo do que ela poderia me perguntar assim na frente de todos, já que ela me conhecia muito bem.
Bruna: Amiga, última chance, escolha se quer responder uma pergunta minha ou pagar uma prenda! – Ela entrelaçou os dedos e apoiou os cotovelos na mesa, me encarando.Pensei por breves segundos e respondi após um suspiro:
S/N: Diga o que eu tenho que fazer.
Bruna: Beijar o Taehyung. – Ela disse apressadamente, antes que eu pudesse voltar atrás outra vez.As pessoas em volta sorriram e soltaram um "wowww", menos Amanda, que levantou da cadeira incomodada.
S/N: Você está louca, Bruna? Eu não vou beijar o Taehyung!
Bruna: Você escolheu pagar uma prenda, não pode ditar o que irá fazer.
TH: Bruna, é melhor não! – Disse notando o meu constrangimento.
Bruna: Só um selinho! – Olhou dele para mim. – Um selinho não mata ninguém. – Eu o encarei, meu coração estava acelerado, ele me olhava em silêncio.
Amanda: Isso é ridículo! Beijo não é castigo.
Bruna: Não se mete, Amanda!
Amanda: Me meto sim, eu também estava jogando. Tenho tanto direito quanto você de dizer a prenda dela. – Ela olhou em volta, pensando no que mandaria eu fazer. – Você deve dar um mergulho na piscina e nadar até o outro lado.
S/N: Eu não vou fazer isso! É contra as regras!
Amanda: Ahh... esqueci que a filhinha do pastor é toda certinha. – Debochou. – Então, beba isso! – Retirou um cantil de bolso de baixo da sua blusa e colocou na mesa. – Dê pelo menos um gole.
S/N: O que é isso?
Amanda: Soju.
TH: Você trouxe bebida para o retiro da igreja, Amanda?
Amanda: Foi só um pouco, gatinho! – Alisou a bochecha dele, o mesmo afastou o rosto. – Só para deixar as coisas mais animadas.
S/N: Como vou ter certeza que isso é mesmo soju e não outra coisa?
Bruna: Você não está pensando em beber isso, não é? – Olhei para ela, mas logo desviei o olhar, realmente estava pensando naquela possibilidade, era só um gole, não ia ser nada demais, mesmo que eu nunca tivesse bebido na vida.
Amanda: O que acha que pode ser, S/N? – Ela pegou o cantil, abriu e bebeu uma boa quantidade do líquido, logo o cheio de álcool preencheu o ambiente. – Não confia em mim? – Sorriu cínica e colocou o cantil novamente sobre a mesa. - Beijo é muito fácil, ainda mais quando se trata do Taehyung. – O olhou mordendo o lábio inferior. – Quem não quer beijar essa boca? – Sem que ninguém esperasse, ela segurou firme o queixo do Taehyung, levantou a cabeça dele e o beijou.
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Pumpkin's Camping
HorrorEra mais um divertido e abençoado retiro da igreja, que tinha como líder o Pastor Carlos. O propósito do retiro era orar para impedir que no dia de Halloween as pessoas mal intencionadas se aproveitassem da data para espalhar o mal pelo mundo. S/N...