Pumpkin's Camping

Capítulo 8

Fomos nos aproximando com cautela, buscando ver se tinha qualquer sinal de movimento, mas estava tudo calmo demais, uma calmaria que me dava até arrepios.

Bruna: Espera ai! Isso tudo são...
JK: Abóboras. - Completou a frase da Bruna.

Ultrapassamos as últimas árvores e nos deparamos com centenas ou até milhares de abóboras, todas iguais às que a mulher transformava as crianças.

S/N: Não me digam que isso tudo são as crianças que ela vem matando durante todos esses anos?!
TH: Infelizmente eu acho que são. - Ele se abaixou para analisar uma das abóboras mais de perto. - Pode ver que elas não têm abertura para inserir as velas e mesmo assim são todas iluminadas. - Ele estava prestes a tocar na abóbora quando eu ouvi uma voz diferente.
Xx: Não toque nisso! - Sem hesitar eu puxei o Taehyung, que ainda segurava a minha mão, e ele caiu sentado no chão.
TH: Ai!!! - Exclamou. - O que foi? - Eu olhava fixamente para além dele, onde estava a garotinha que vi mais cedo. O mesmo seguiu o meu olhar. - O que você está vendo?
S/N: Ela está ali!
JK: Ela quem?
Bruna: Uma garotinha. - Olhei para Bruna e tive a certeza que ela também a via.
Xx: Vocês não podem tocar nas abóboras, irão atraí-la de volta para cá e todos morrerão.
S/N: Não podemos tocar nas abóboras. - Alertei aos meninos imaginando que eles não a ouviam. - Vai atrair a criatura para cá. - Taehyung se levantou e afastou-se.
TH: O que mais ela disse?
S/N: Q-quem é você?
Xx: Meu nome é Alice.
S/N: Alice, por que eles não podem te ver?
Alice: Porque eu não quero que me vejam. Eu não confio neles.
S/N: Por que não?
Alice: Criança protege criança. Os adultos só pensam em si mesmo e fazem de tudo pra conseguir o que querem a qualquer custo.
S/N: Você pode confiar neles, estamos aqui para te ajudar. Eu também não sou criança, nem a Bruna, mas não iremos fazer mal a nenhum de vocês.
Alice: Mas, as almas de vocês são puras, então, para mim ainda são crianças e para a minha mãe também.
Bruna: Mãe? - Indagou sem entender a quem ela se referia.
S/N: Então, você é a filha que ela matou? Você é filha do Jack?
Alice: Sim. Agora entende porque eu não confio nos adultos? A minha própria mãe me matou só para ter o meu pai de volta. E o seu amigo aí é responsável por muitas das almas que estão presas aqui. - Se referiu ao Jungkook.
S/N: Entendo! Mas, você precisa confiar em mim. Ele se arrependeu do que fez todos esses anos e está disposto a reparar o erro. Nem todos os adultos são iguais, Alice. Queremos libertá-los desse mundo, mas fica difícil se vocês não se permitirem serem vistos. Além do mais, temos pouco tempo antes que todos sejam mortos ou fiquem presos aqui com vocês. - Ela ficou pensativa me encarando e após alguns segundos um garotinho saiu de trás da árvore e se aproximou dela, segurando a sua mão.
Xx: Essa pode ser a nossa única chance de descansarmos em paz, minha irmã. Sei que você quer nos proteger, mas precisamos confiar em alguém se quisermos dar um fim nisso. - Para um garotinho de apenas 6 anos ele falou como um adulto e pelo visto a convenceu.
Alice: Tudo bem! Apareçam!

Assim que ela disse isso várias crianças surgiram a nossa volta, eu não conseguia contar quantas tinham, mas eram muitas. E agora sabia que Jungkook e Taehyung também as viam, já que eles olhavam ao redor perplexos, admirados em ver tanta alma inocente que foi morta e aprisionada por aquela mulher.

JK: Meu Deus! - Ele soltou o pedaço de madeira que tinha em mãos e caiu de joelhos no chão. - Me perdoem! - Começou a chorar. - Por favor, me perdoem por ter feito isso com vocês. Eu não sabia o que estava fazendo, agi pensando que estava nos protegendo e agora sei o mal que fiz a tantas famílias. Me perdoem! Me perdoem!

Bruna olhou pra mim sem entender o que ele dizia, eu neguei com a cabeça, indicando que ela não se preocupasse, que ele não é perigoso, então, a mesma foi até ele, se ajoelhou ao seu lado e o abraçou. Jungkook retribuiu o abraço de imediato, buscando conforto nos braços da minha amiga.