És a minha droga, amor

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Última dose de nicotina,
Ao volante só penso na rotina.
No telemóvel vejo que uma mensagem mandaste,
Tentaste tu desculpar-te de novo, dizer que mudaste.

Perdi o controlo quase despistei...
Parei, pensei e chorei...
Tu só fazes o mesmo e ainda assim amo-te,
Escrevi na última folha do meu diário.
Vejo no muro de uma casa abandonada um lírio.

As dúvidas não acabam e não consigo acalmar,
Porque tive eu que te amar?!
Enquanto dirijo tento pingar na boca algumas gotas,
És tu que lentamente me matas!
Não aguentei e sucumbi, deixei o carro ir,
E aquele mesmo único lírio, assim como eu,
Cai a última pétala e murchou.

Vivências em EstrofesOnde histórias criam vida. Descubra agora