Nada fui, nada me tornei

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Fazeis vós nascer a cada manhã,
No horizonte de ninguém
E pondes no coração de alguém.
Alguém que não sabeis de onde veio e para onde vai.

No submundo da inexistência me trouxestes,
Fazendo-me levar a um nada que se formulou em tudo.
Fazeis com que veleje nesse sonho inoportuno,
Sem saber os olhos que me perseguem ou os olhos que me amam,
onde meus dedos elevam os céus e o inferno.

Amor que se dilatou em uma aquarela de sentimentos...
Cuja aquarela deu origem a um quadro uniforme.
Vós transformastes o uniforme em abstrato,
Onde eu não sou pintor nem pintura...
Apenas o rascunho de um nada que fui e em nada me tornei.

Vivências em EstrofesOnde histórias criam vida. Descubra agora