Capitulo 19

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A amizade desenvolve a felicidade e reduz o sofrimento, duplicando a nossa alegria e dividindo a nossa dor.
                  Autor Desconhecido

        Cinco anos sem conversar com ela, cinco anos sem abraça-la, sem beija-la, sem sentir seu cheiro, sem nem ouvir falar sobre ela, porque minha mãe fez questão de me castigar ao ponto de não me da informações e não falar dela perto de mim, in...

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        Cinco anos sem conversar com ela, cinco anos sem abraça-la, sem beija-la, sem sentir seu cheiro, sem nem ouvir falar sobre ela, porque minha mãe fez questão de me castigar ao ponto de não me da informações e não falar dela perto de mim, inclusive, se ela ou alguém estivesse falando da Manu e eu chegasse, ela parava o assunto na hora e mudava de conversa.
        Eu voltei pra minha cidade tem um pouco mais de 6 meses, não queria vim, mas sabia que tinha que assumir a empresa e da um descanso para meu pai. Ele ainda continua vindo a empresa, me fiscalizando e orientando de perto.
       Meu pai nunca soube de fato o que aconteceu comigo e com a Manu, mas creio que desconfia de algo, ontem ele deixou escapar que ela chega segunda feira e então não consigo me concentrar em mais nada, ainda bem que hoje é sexta feira e poderei tentar relaxar a mente.
       Minha mente esta bem confusa, achei que ela não voltaria nunca mais, porque por mais que minha mãe me privasse de informações, ela fazia questão de insinuar que ela estava bem e seguindo sua vida.
      Tem uma coisa que ninguém sabe, antes de voltar para minha cidade eu fui a Santa Catarina tentar conversar com a Manu, nunca a esqueci um segundo se quer, então resolvi passar lá antes de voltar para cá, cheguei lá e aluguei um carro e fui para o seu apartamento, fiquei quase 1 hora dentro do carro ensaiando o que dizer e quando decidi ir, qual foi minha surpresa ao vê-la saindo do apartamento acompanhada? E não é só isso, ela estava com um criança com uma faixa de 2 anos de idade.
        Eles passaram do meu lado no carro, mas como o vidro é escuro não me viram, ela parecia muito feliz, ela chegou a olhar para o carro, parecia ate que conseguia me ver através do vidro, mais sei que não. Não consegui conter as lágrimas quando o cara que estava com ela o abraçou por trás, eu vi tudo o que tinha perdido e desejei poder voltar no tempo e fazer tudo diferente, desejei que aquela criança fosse nossa.
        Desistir de falar com ela e voltei para casa, tentei perguntar minha mãe sobre a Manu, se ela tinha filho, marido, namorado, qualquer coisa, mais a única coisa que ela me disse foi que a vida dela não me dizia respeito a muito tempo e me deixou com essa dúvida ate hoje.
         Resolvi deixar esse assunto pra lá e foquei na minha administração da empresa, estudei muito pra isso, me dediquei mesmo, não vou dizer que não fiquei com ninguém esse tempo todo mas só tive alguns casos, mas nada passou de uma noite.
       Se não fosse o Guilherme e a Marcela acho que já teria surtado nessa cidade. Guilherme nunca deixou de ser meu amigo, mesmo a distancia nos falávamos todos os dias e quando tinha feriado ele sempre estava em São Paulo me fazendo companhia.
        E o que dizer da Marcela, a mulher é louca, ela tem 20 anos, 3 anos mais nova que eu e Guilherme, mas acha que é mais velha, ao mesmo tempo que ela da um show de maturidade ela esta dando a louca. Nos conhecemos a 6 meses, meu pai a contratou como minha secretaria, já que a dele se aposentou junto com ele.
       Marcela faz faculdade de Administração a noite e trabalha durante o dia aqui na empresa, ela perdeu a família muito cedo e vivi aqui sozinha. Não leve para o lado sacana das coisas, eu realmente gosto dela como uma irmã, eu, ela e Guilherme somos o trio imbatível os fim de semana, fazemos companhia um pro outro, mesmo Guilherme tendo uma noiva ele nos acompanha, na verdade esse noivado é coisa do pai dele, praticamente está forçando o filho a se casar usando a doença que ele descobriu que tem, acaba fazendo chantagem emocional nele mas nos já avisamos ele, ele sabe, mas tem medo de contrariar o pai e ele passar mal e não resistir. Não me meto mais no assunto porque eu não sei o que faria se fosse com os meus pais.
        Uma vez estava muito bêbado e acabei contando a minha história com a Manu para a Marcela e acreditem ela me bateu, disse que fui muito babaca e que se me conhecesse na época iria se juntar com a Manu para se vingar de mim. Bela amiga que arrumei viu. Se juntar ela e Guilherme não dão meio. Brincadeiras a parte, eles são os melhores amigos, sempre estão ao meu lado, seja para me apoiar ou para me mostrar que estou errado, isso é amizade de verdade.
         Não moro com meus pais desde que voltei, quando disse que queria morar sozinho eles me deram um apartamento. Preciso da minha privacidade, ate porque aquela casa tinha muitas lembranças que eu precisava esquece, evito ir lá, não tem um lugar se quer que não me lembre ela, juro que tentei esquecer, seguir em frente, mais nunca, nem um dia se querer nesses cinco anos que eu não tenha lembrado dela, tive tanta vontade assim que cheguei em São Paulo de voltar onde ela estava e implorar, não sei se um dia serei capaz de esquecer
          Chego no meu apê depois de um dia pouco produtivo, não tive cabeça pra nada hoje, vou direto para meu quarto e começo a me desfazer desse terno, vou para o banheiro e toma uma ducha quente para tentar tirar essa tensão do meu corpo. Depois me enrolo em uma toalha e vou para sala, pego uma garrafa de whisky e vou sentar em uma das cadeiras que tem na varanda, fico olhando o movimento da rua e bebendo, hoje já avisei ao Guilherme e a Marcela que não irei sair.
         Continuo bebendo e pensando no meu passado e imaginando como teria sido meu presente se eu não tivesse sido tão idiota.
        Minha campainha toca e até sei quem é, levanto e vou abrir, meus dois amigos entram.
       - Eu não vou sair pessoal, não estou com cabeça pra ver muita gente hoje. - já vou dizendo.
      - E quem disse que viemos te chamar pra sair?- Marcela pergunta e em seguida balança uma garrafa que eu nem tinha reparado que ela estava carregando. - Vamos beber aqui mesmo com você, vamos curtir sua dor de corno juntos. - ela diz rindo.
        - Ei, eu não fui corno. - protesto voltando pra varanda e eles me acompanham.
        - Antes tivesse sido corno, melhor do que idiota, enfim. - ela diz séria.- Guilherme acabou de receber uma notícia não muito agradável.
       - O que aconteceu Gui?- pergunto estranhando ele não ter dito nada e ainda por cima está bebendo meu whisky direto da garrafa.
        -Meu pai quer que eu me case em no máximo 6 mesmo.- ele joga a bomba.

- ele joga a bomba

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Marcela 20 anos

Coração não te esqueceuOnde histórias criam vida. Descubra agora