Introdução

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Ano 1959

—Se você não a quiser, nós a criaremos! Mas saiba que suas atitudes trarão consequências, Regina!

A mulher coloca a pequena mala no chão e olha com desprezo para a criança que está no colo de seu pai.

—A única consequência será eu ser uma mulher bem sucedida, pai.

—E leviana, pois é isso que já se tornou! — a voz de sua mãe se sobressai. —Eu deveria ter te obrigado a casar com alguém! Deveria ter sido mais rígida!

—Pare de baboseiras, mãe...— a mais nova revira os olhos.

—Não paro, olhe o que se tornou! Vai ser mal falada pelo resto da vida! Não sabe quem é o pai da sua filha, e o pior, ao menos quer cuidar da pobrezinha!

A bebê acompanhava tudo com os olhos sonolentos, porém curiosos, com todo o barulho que o rondava.

—É isso, vocês não pensam em mim! — Regina acusa.— Eu tive que parar de estudar apenas para parir essa criatura! Perdi o baile do vilarejo, não pude me encontrar com minhas amigas por meses!

—Chega! — a voz do senhor se elevou, fazendo a pequena criança em seu colo se assustar e chorar; — Você não tem nada do que reclamar, Regina! Essa aqui é a sua filha, que ao menos tem um pai e que eu e sua mãe criaremos! — a criança é passada para o colo de sua esposa. — Esta é a última vez que permito que você venha aqui reclamar de algo, também é a última vez que lhe concedo algo. A partir de agora, você se resolverá sozinha!

O único som presente foi o choro da criança nos braços da avó, que a ninava na tentativa de acalmá-la.

—Se é assim, fique com esta monstrinha!

Ela ajeita seu cabelo e sai, fazendo a saia de seu vestido flutuar com seus passos apressados.

—Eu errei tanto com ela...— diz Isabel, seus olhos cheios de lágrimas.

—Nós erramos, querida. — o homem passa seu braço pelas suas costas, tentando a confortar ao mesmo tempo que sentia seu coração se apertar.

Juntos, viram a filha ir embora, deixando ali a criança que agora, brincava inocentemente com sua própria mão, totalmente alheia ao que acabou de acontecer.

Juntos, viram a filha ir embora, deixando ali a criança que agora, brincava inocentemente com sua própria mão, totalmente alheia ao que acabou de acontecer

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