Capítulo 27

219 29 1
                                    


Calaena tinha conseguido chegar sã e salva às pedras, desmontou e amarrou o cavalo a uma árvore. Subindo a colina, não podia de deixar de ignorar na voz dentro de sua cabeça, que gritava para parar e voltar para Lachlan, mas isso já não era nenhuma possibilidade. DE agora em diante, tinha que pensar em si e no rebento que estava dentro de si.

Rodeou as pedras, felizmente tinham as mesmas inscrições de que se lembrava ter visto à meses atrás.

Voltou a descer a colina, libertou o cavalo da árvore. – Volta para casa. – e golpeo a garopa com a mão, esperava que ele soubesse voltar. Despiu o vestido e trocou pela sua própria roupa, guardou tudo de volta na mochila.

Tinha chegado a sua hora. À medida que subia novamente a colina, a voz dentro da sua cabeça tournou-se mais audível e mais parecida com a voz de Lachlan. Óptimo, agora estava a ficar doida. Estendeu a mão para a pedra, perparando-se para o brilho que se seguiria. Estava a centrímetro, quando sentiu algo a envolvê-la e cair sobre si.

- Mas que... - Calaena perdeu o fôlego, quando aldo pesado caiu sobre ela, começou a debater-se para se libertar.

- Por Amergin, moça, pára!

Calaena não conseguia acreditar no que os seus olhos viam. – Saí de cima de mim! - Felizmente Lachlan fez o que lhe pediu. Sentaram-se os dois na relva a olhar um para o outro. – Posso saber o que estás aqui a fazer? – desviou o olhar do dele.

Lachlan acalçou-lhe o queixo e getilmente obrigou-a a olhar para ele. –Por favor não vás.

Calaena afastou-se dele. – Porque estás aqui?

- Vim te buscar, como é óbvio. – respondeu-lhe.

- Não vou a lado nenhum contigo. Não te chegou veres-me prostada no chão a chorar, agora vieste humilhar-me, talvez queimar-me na fogueira.

Lachlan lançou-lhe um olhar estranho. – Para de dizer baboseiras, Calaena. Alaric mostrou-me a tua carta. Oh Mu Bràmair, peço perdão por não ter acreditado em ti antes.

- É só isso que tens para me dizer. Achas que essas palavras vão consertar tudo? – Calaena abraçou-se, sentia frio.

- Não sei o que queres que te diga mais.

- Dá-me uma razão, para não confiares em mim. Assim que leste as cartas, eu era culpada aos teus olhos.

Lachlan passou a mão pelo cabelo. – Porque tu és a única que pode ferir-me. Tu és a única que pode arrancar o meu coração do peito e despedaçá-lo no chão. Nunca ninguém teve esse poder sobre mim, e é assustador. Nunca disseste que me amavas, por isso nunca tive a certeza de que nutrias tais sentimentos por mim.

Lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de Calaena. Estúpidas hormonas. – Nunca o disse porque tu também nunca o disseste. Para além disso, não sou pessoa de dizer meras palavras, pensava que o demonstrava todos os dias. Deixava-te tomar-me, as coisas no meu tempo são muito diferentes, não é normal para uma rapariga ser virgem na minha idade, mas eu estive este tempo todo à tua espera. Claro que não sabia quem eras, mas guardei-me para ti. Esperava que conseguisses ver o amor que sinto por ti na maneira como digo o teu nome, na maneira como a minha mão pega na tua.

- Calaena, sei e acredito que não és daqui. Peço-te que não vás, não te apartes de mim, volta comigo para a nossa casa. Mu Bràmair, eu amo-te. – Lachlan estendeu-lhe a mão. Calaena sabia o que aquilo significava, se aceita-se a sua mão, aceitava o seu pedido de perdão. Ele estava a dar-lhe uma escolha, ficar com ele ou voltar.

Calaena levantou-se, pegou na sua mochila e colocou-a às costas. Viu o momento nos olhos de Lachlan em que ele pensou que ela ia deixá-lo. Calaena olhou para o céu. Colocando a mão na de Lachlan, disse: - Leva-me para casa.

Lachlan rugiu de alegria, capturou-a em seus braços, e girou-a, aquele movimento fez o estomago de Calaena revirar. – Pára! – Libertando-se, apoio-se em uma árvore e vomitou tudo o que tinha ingerido. Lachlan pegou-lhe no cabelo e passou a mão pelas suas costas, dizendo palavras amorosas.

- Daqui em diante vamos deixar as piruentas para outra altura, ok?

- Sim, meu amor! – Lachlan beijou getilmente a sua barriga. – Talvez seja melhor voltares a colocar as roupas daqui, não que eu não goste dessas galbras cortadas pelas coxas, mas não quero outros homens a olharem para o teu corpo. - Calaena riu e voltou a vestir-se.

Nos braços do HighlanderOnde histórias criam vida. Descubra agora