Capítulo 1

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Após horas sacolejando dentro de uma carruagem desconfortável, finalmente Dara chegava à mansão onde trabalharia e residiria dalí por diante

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Após horas sacolejando dentro de uma carruagem desconfortável, finalmente Dara chegava à mansão onde trabalharia e residiria dalí por diante. Afastando a cortina, a jovem observou pela janela o surgimento da imponente construção que — mesmo com o aspecto fantasmagórico provocado pelo intenso nevoeiro —, destacava-se no alto do morro, ainda ao longe. Dara estava assim distraída à admirar a paisagem quando os cavalos estacaram abruptamente sob o comando do cocheiro que, pela segunda vez durante toda a viagem, abriu a boca para falar-lhe:

— A viagem da senhorita acaba aqui. Considero-a entregue. — disse o homem que conduzira a carruagem até aquele momento.

Dara percebera que havia uma contida porém perceptível urgência no timbre de voz do cocheiro, o que provocou ainda mais a sua naturalmente aguçada curiosidade:

— Como assim?! Ainda não chegamos ao nosso destino... — ela protestou, enquanto apontava para aquele que seria seu novo lar, alguns metros acima e à frente.

— Por favor, moça, peço que desça.

— Mas o combinado foi... — tentou argumentar novamente, mas foi interrompida mais uma vez.

— ... trazê-la até a mansão dos Winks — ele mesmo completou a frase que Dara não pôde concluir — Como vê, alí está a mansão. — e indicou-lhe a majestosa residência com um gesto de cabeça, enquanto suas mãos permaneciam segurando as rédeas firmemente — Pode seguir daqui por diante sem mim e sem meus cavalos. Desejo-lhe boa sorte.

— Mas que covardia está fazendo comigo! — bradou, indignada, enquanto saltava da carruagem e seguia em direção ao local onde se encontrava o condutor, para encará-lo — Quer dizer então que terei que subir sozinha esse morro e ainda com as minhas bagagens?!

Com o semblante muito sério e determinado, o cocheiro a encarou de volta e sentenciou:

— Covardia ou não, por esse portão eu não passo. Quanto às suas bagagens, é bom que se apresse em retirá-las, caso contrário partirei com elas. Não tenho o menor interesse em seus pertences, mas não permanecerei aqui ao anoitecer. — ele explicou, enquanto olhava de um modo apreensivo para as pesadas nuvens no céu que começava a escurecer no horizonte, anunciando a chegada de forte chuva, assim como o crepúsculo, para breve...

O Fantasma de Lockwood (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora