ALESSIO

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ALESSIO

Carlotta parecia ficar ainda mais viva debaixo das luzes multicoloridas. Deixei que ela fosse a frente, sua mão na minha, as pessoas se espremendo e criando um corredor para nós dois. Eu apontei para as escadas, indicando a área VIP. Ela pareceu hesitar um momento antes de subir. Boa garota. Não era hora de pedir mais do que eu estava oferecendo.

O segurança não precisou olhar duas vezes antes de nos deixar passar. Como era terça feira, o lugar não estava tão cheio. Eu tinha feito questão de manter todos os soldados da Camorra fora daqui hoje. Eu queria dar esse presente a Carlotta, mas quanto menos olhos melhor. Podíamos manter isso entre nós dois.

-Posso ir lá embaixo? - ela perguntou, aceitando um drinks de boas vindas. Eu tirei uma cerveja do gelo.

Bebi devagar, os grandes olhos dela me analisando, acompanhando os movimentos das minhas mãos e da bebida. A atenção dela em mim injetava sangue diretamente em uma parte do meu corpo que eu precisava manter no controle. Mesmos depois do que ela tinha aprontado na festa de noivado. A imagem dela, nua na minha cama, se dando prazer enquanto eu observava era material dos meus sonhos toda noite desde então.

-Não. - eu respondi e ela abriu um biquinho delicioso. Quando ela virou para olhar a pista lá embaixo, aproveitei para prensá-la contra a grade. Posicionei minhas mãos uma de cada lado dela, no metal, encostando toda a minha extensão nela. Ela prendeu a respiração por um instante. Droga. Encostei a boca a sua orelha, deslizando a língua pelo seu lóbulo antes de dizer. - Você pode observar. Dançar aqui em cima. Sentar no meu colo e me beijar até esquecer seu nome.

-São minhas únicas opções? - ela virou a cabeça para perguntar, piscando em falsa inocência. Quase jogando para o inferno com meu auto controle.

-Por enquanto. - não queria ceder. Ou pelo menos, não tão rápido. - Posso pensar em outra coisa. Se você for boazinha.

Ela riu, o som saindo um pouco do fundo da sua garganta. Mas não respondeu. Não que eu esperasse uma resposta sobre isso. Carlotta envolveu os braços no meu pescoço balançando de leve no ritmo da música. Eu me afastei um pouco, ou isso sairia de controle muito rápido. Ela ergueu uma sobrancelha, seu olhar descendo mas não disse nada sobre isso.

Eu fiz sinal para que ela fosse até a pista de dança improvisada da área VIP, perto da bancada que dava para a vista da verdadeira pista de dança. Ela mordeu o lábio, como se questionando. Eu odiava esses momentos dela, onde parecia incerta de ser quem era. Gostava quando Carlotta era uma força, que agia sem pensar se era certo ou esperado.

Ela apertou minha mão, como em um agradecimento. Eu inclino a cabeça, observando-a correr até a pista e começar a se mover ainda mais no ritmo da música, os quadros balançando, os olhos fechados. Ela tinha nascido para isso. Nenhuma outra mulher, por mais que piscassem em minha direção, me interessava. Carlotta abriu os olhos, um sorriso lento em seus lábios enquanto descia as mãos pelo lado do seu corpo, nas batidas. Estamos em público, mas não há dúvidas de que ela está dançando para mim.

Depois de alguns minutos, que pareceram horas, ela caminha em minha direção, o cabelo grudado no pescoço suado. Ela pesca o drink que estava bebendo antes e tinha deixado na mesa, dando um longo gole, um pouco da bebida escorrendo pelo seu queixo. Ela passou a língua pela região, e talvez nem um tiroteio conseguisse tirar minha atenção da cena.

-Obrigada por isso. - Carlotta parecia quase envergonhada, mexendo na decoração do seu drink. Eu pisquei, tentando voltar o foco para o que ela estava falando. - Por me trazer aqui. Eu sei que deve ter sido um pouco difícil.

Eu abro um sorriso verdadeiro. Ela não era nenhuma idiota. Não é um esforço tão grande assim, mas talvez Carlotta não precise saber disso. E a verdade é que isso é tão bom para mim quanto para ela. Minha boca salivou para prová-la assim que ela apareceu naqueles shorts e naquela desculpa de blusa metálica.

Twisted LivesOnde histórias criam vida. Descubra agora