Capítulo 13

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Observando atentamente as gravações das câmeras, o homem franziu o cenho quando a do quarto da vítima de repente perdeu sinal. "Pode me dizer o nome do outro garoto novamente?"

"Eren Jaeger. Outro aluno do segundo ano." disse uma das enfermeiras, ainda tremendo de pavor por ter encontrado o corpo do Reiner. "Eles haviam entrado numa briga corporal e ambos acabaram vindo parar aqui." explicou.

Voltando as filmagens, o delegado assentiu não dando muita importância para a explicação, focando somente no nome do outro garoto. "Eren... Hein?", mordendo os lábios, ele lutou contra um pequeno sorriso. "Posso ver os vídeos completos?"

"Claro!" inclinando-se para ver melhor o teclado, ela digitou algo e logo vários micro vídeos encheram a tela do computador, mostrando cada parte que a enfermaria era dividida. "São todos da enfermaria."

Ele checou de um em um, gostando da sensação de saber o que tinha acontecido. "Só pode ser isso."

"O que?"

"Quem matou o Reiner Braun estava na enfermaria, senhora." disse ao se inclinar contra a cadeira, seu olhar estava direcionado para a tela onde mostrava Levi abraçado ao Eren. "Bem perto."

"Como pode dizer isso, senhor Smith? Fora os dois, havia somente outro estudante que estava ao lado do garoto Jaeger."

Com um pequeno sorriso, Erwin se levantou de sua cadeira e estendeu o braço. "Não posso entrar em detalhes, mas encontrarei o assassino. Até lá, falarei com o diretor para que não precise cancelar as aulas. Meus homens estarão aqui de plantão, assim facilitará em encontrá-lo."

"Obrigado, senhor Smith."

"Me chame de Erwin, por favor. E outra, não precisa me agradecer por nada. Estou apenas fazendo meu trabalho."

Em uma troca rápida de aperto de mãos, ele se despediu com um falso sorriso gentil, que ao passar pela porta, se desmanchou para uma feição psicótica. "Pensou que poderia se esconder de mim novamente, pequena Mary? Eu te encontrei. Eu sempre vou. Ou você se esqueceu?" provocou, rindo baixinho com seu divertimento.

Com um toque singelo na arma em sua cintura, ele imaginou-se podendo usá-la para matar aquele moreno que roubou sua Mary outra vez. Tudo bem na primeira, ele era um imbecil desavisado achando que poderia ter algo com sua noiva. Mas, duas vezes? Isso era inadmissível, e ele não seria tão clemente quanto antes. "Não importa quantas vezes eu terei que fazer isso para ter o amor da Mary. Então esteja mais preparado dessa vez. Dessa vez inovarei, apesar de amar ouvir seus gritos junto de sua mãe naquela noite."

Após ter dito isso, ele logo manteu uma fachada séria quando o diretor entrou no mesmo corredor que estava. Com um aceno de cabeça respeitoso, ele o parou. "Já encontrou algo?" o homem de meia idade questionou em um tom calmo, não desconfiando de nada.

"Ainda não. Mas tenho um palpite, e espero que me ajude, senhor diretor." dito isso, ele sorriu de uma maneira formal, o que fez o diretor erguer uma sobrancelha.

"Diga o que precisa. Farei de tudo para manter a ordem na minha escola."

"Vejamos..."

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"Sempre quando vinhamos com a Kuchel, ela ria bastante por dizermos que ela era a reencarnação da Lady Ackerman II. Claro, sabemos que já é tradição da família repetir os nomes de seus antepassados e tudo mais, mas... Admita, elas são idênticas!" falou Armin quando pararam em frente ao primeiro quadro, onde mostrava uma bela jovem de cabelos presos em um coque bastante delicado que se mantinha preso através de uma linda presilha.

Bloody MaryOnde histórias criam vida. Descubra agora