5 | Aquele sobre ir ou não

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A semana de Donghyuck foi um inferno, de acordo com ele mesmo.

Depois daquele dia, assim que chegou em sua casa e se deu conta de onde tinha se metido, ele nunca quis tanto se espancar como naquele momento. Haviam inúmeros motivos para que dentro de si crescesse a enorme vontade de sair por aí gritando e chutando tudo que via pela frente, mas. Para sincero é que ele ao menos sabia qual dos fatores estava o levando a instabilidade.

Realizar a lista ou realizar a lista com Mark Lee. Talvez fosse os dois.

Isto parecia uma cena de um filme americano e para sua surpresa, estava começando a entender quando o protagonista em uma situação semelhante a sua tem um grande surto e quer chorar.

Sim, ele queria realizar aquela lista. Idealizava o dia em que iria se encher de coragem e embarcar na aventura e esse grande desafio que era enfrentar suas próprias dificuldades que apesar de aparentarem serem fúteis a muitos era uma catástrofe ao rapaz. Mesmo que ele negasse, no seu íntimo ele possuía uma pequena brasa de esperança de que em um momento eles iriam acontecer. Mas não agora. Não deveria ser agora.

Neste instante, ele estava cheio de dúvidas - não que ele passe algum momento sem elas -, que o fazia questionar se Mark era burro ou apenas um louco desocupado.

Mas era injusto ele ao menos ter uma opção sobre participar ou não, porque mesmo que ele quisesse fugir e fingir que nada aconteceu e não sair de sua área de conforto, as teorias criadas pelo seu subconsciente o fazia pensar em tudo que Mark poderia fazer com aquelas informações. E ainda tinha o Taeyong!

Isto era um caos.

O pior era que Mark realmente tinha coragem. Era impossível não reconhecer isso, estava descrito em cada traço naquele garoto ousado que não exitou em nenhum momento. Não parecia se importar se Donghyuck o acharia louco ou estúpido, ele simplesmente foi sem medo algum.

E esses pensamentos eram capazes de levar sua mente ao desespero por não saber se ele apenas fingia que nada aconteceu ou abraçava o seu lado ousado que começava a querer se rebelar. Sufocar aquele desejo estava se tornando difícil ao ponto de ele querer gritar e aceitar tudo aquilo desfrutando de cada momento. Agarrar a oportunidade com todas as suas forças e só então tirar a sua própria conclusão sobre se seria divertido ou não. Dividir sua curiosidade com a coragem de Mark Lee e então viver. Porque a cada dia, a cada maldito dia, apenas imaginar e idealizar estava se tornando insuficiente. Algo em si buscava por mais e sentia a necessidade de viver, simplesmente viver.

Mas nem tudo é tão fácil.

O medo continuou ali. Reinando a cima de qualquer expectativa; andando de mãos dadas com a insegurança e as milhões de dúvidas que fez Donghyuck fugir de Mark a cada momento, vivendo como um animal em cautela a cada instante pronto para escapulir quando se sentisse ameaçado. O pior era que parecia que o canadense percebia, percebia cada tentativa infantil do rapaz em o evitar, parecendo em cada canto que ele ia o encarando com seus olhos brilhantes e intensos.

Parecia insistir como se tivesse esperança de que Donghyuck daria o primeiro passo. Isso fazia o acastanhado rir, pois, se o jogador o conhecesse pelo menos um pouquinho, saberia que não deveria esperar algo assim de alguém como ele.

Bom, pelo menos ele achou um lugar que o afastasse um pouco da realidade desastrosa. A sala do rádio.
Ele se sentiu em paz, longe de qualquer olhar ou presença que o fizesse duvidar do que ele realmente queria ou desejava; situações que o fazia encarar seus medos frente a frente. Ele resolveu compartilhar isso com seus amigos, uma decisão errada já que na espera de palavras que acalmassem seu coração aflito, recebeu incentivos e mais incentivos para que ele fosse e curtisse até mesmo se ofereceram para o acompanhar. Na real, seus amigos também não saiam com frequência - menos Chittaphon, é óbvio - e como cada um tinha um objetivo diferente para depois da tão esperada formatura, virão como um momento de diversão para o tempo que ainda tinham juntos .

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