we are young

3 | Aquele em que a lista é descoberta

"um capítulo por dia"

Aiai viuKKKKK

Aproveitem a leitura <3

•❲❁❳•

Donghyuck estava claramente entediado. Apesar de sua atenção estar centrada na sobremesa em seu prato, não podia deixar de revirar seus olhos ao ouvir a conversa sobre órgãos e bisturis de seu pai e o Sr.Lee, ou da forma que sua mãe e sua amiga acabavam dando alguns gritinhos enquanto conversavam sobre algum drama desconhecido por si.

Talvez a sua única alternativa fosse dar atenção ao pequeno bebê que brincava com seus pequeninos pés no bebê conforto, mas, sua mente o fez estranhamente pensar no quão catastrófico seria se ele derrubasse a pequena menina de seu colo. Sim, ele era estranho e as vezes não conseguia controlar esses pensamentos esquisitos e aleatórios que inundavam a sua mente.

As vezes isso era recorrente, as vezes não, sempre. Tinha vezes que andando pela calçada e quando passava por partes altas, se imaginava tropeçando e caindo. Ou quando passava por algum lugar com áreas abertas, como seria se seu celular caísse de lá e a agonia o fazia surtar e sair correndo.

Sim, Donghyuck é esquisito.

"Oh, Chittaphon chegou." A voz gritante da mulher soou pela sala, fazendo com que os olhares de todos se direcionarem a figura que entrava pela grande porta encarando todos com um belo sorriso, arrastando suas grandes malas.

Chittaphon, ou apenas Ten, era o filho mais velho do casal de amigos de seus pais. Ele e seu irmão eram muito próximos na época do colégio e Dong, que na época era apenas um pirralho irritante, amava estar entre eles e seus outros amigos.

Se sentia "superior" andando com a turma travessa de seu irmão e mesmo depois de anos, ele agradece por conseguir manter contato com o loiro exibido mesmo com as poucas vezes que se viam.

Chittaphon já havia se formado a muito tempo mesmo, mas, ainda não sabia exatamente que profissão seguir. Seus pais já haviam gastado dinheiro com faculdade de administração, direito e medicina, as quais Chittaphon desistiu logo de começo e seus pais, com medo de mais uma ideia louca de seu filho, decidiram deixar o jovem a vontade até que ele tivesse uma ideia concreta. No fundo, Donghyuck tinha uma leve intuição de que os pais de Chitta pretendiam criar Kulisara diferente de seu primogênito.

Então, ele aproveitava a sua vida rodando cada canto do mundo enquanto cheia seu organismo de álcool e seu guarda roupa de inúmeras compras inúteis.

"Olá, pessoal." O garoto falou retirando seus óculos escuros, revelando as grandes olheiras embaixo de seus olhos. Com um pouco de dificuldade colocou suas malas dentro da casa, dedicando sua atenção a garotinha que gargalhava da voz estúpida que o lado bobão o forçava a fazer sempre que se reencontravam.

Aos poucos falou com as outras pessoas que estavam em sua sala de estar, entregando a garotinha banguela aos braços de sua mãe para então poder envenenar o pobre rapaz com seu perfume caro e fedido com uma pitada de suor, envolvendo seus finos braços ao redor de Donghyuck em um abraço apertado. E por mais que o garoto resmungasse e fizesse uma careta estúpida, sentiu falta do ridículo metido.

"A distância quase me fez cometer o pecado de sentir sua falta, embuste." Chittaphon segurou com força as bochechas rechonchudas de seu amigo, rindo de sua cara pronto para finalmente subir as escadas e desmaiar em seu quarto. Claro, ele não precisava dizer uma sequer palavra para que o Dong entendesse que ele queria sua companhia no trajeto, isso já havia se tornado um costume após viagem.

Passando por algumas, ou milhares, portas, eles finalmente chegaram a qual daria ao covil do loiro exibido. Mesmo que esse andar fosse regado de inúmeros cômodos, onde Chittaphon hibernava era bem fácil de identificar, já que a tintura preta sobre a madeira da porta deixava registrada a fadiga época em que o homem jurou ter se transformado em um garoto roqueiro, sendo que os mais próximos deles ainda tinham a desconfiança de que ele escutava spice girls no banheiro escondido.