4- Alegres

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Em uma das sacadas daquela grande mansão, lá estava Thalita indo em direção a linda garota que observava o belo céu estrelado.

— Você está aí.

— Hoje foi uma loucura.

— Agora meu pai sabe que eu existo.

— Desculpa. - Ela olha para o chão, estava realmente arrependida do que contou.

— Você está bem? Sabe o tio Bar...

— Sim, mamãe já disse, eu não posso mudar o passado. - A morena se aproxima mais da velocista ficando encostada nas grades ao lado dela.

— Seus olhos. - Ela diz ao notar que os olhos da amiga brilhavam em um azul vibrante, apenas o fato de comentar sobre isso fez com que Lindsay virasse rapidamente o rosto.

— Eu Não consigo controlar as vezes...

— Você deveria contar para eles. - Ela se referia a família Allen.

— Não. - A velocista se vira para ela. — É como se eu falasse que eu sou superior, e eu não sou, ser velocista já é coisa da minha irmã, eu me sinto uma idiota por ser também, e o lance do meu irmão são os poderes do gelo, eu tenho os dois, me sinto roubando toda originalidade deles.

— Você sabe que eles não se importam com isso, certo? - Thalita fala fazendo a velocista soltar um longo suspiro. — E além do mais, os poderes de vocês são genéticos, não é como se escolhessem.

— Eu preciso dormir. - Ela diz mesmo sabendo que a morena entendia que ela iria correr ao invés disso.

— Ei Li. - Ela diz assim que a velocista se vira. — Você percebeu que conversou comigo? Sem brigas.

— Estou pensando em voltar a falar com você. - Ela volta a andar. — Pensando. - A voz dela já estava longe.

Mesmo sem que a velocista veja, aquela conversa fez Thalita sorrir.

(...)

— Vocês estão preparados? - Thomas fala levantando a mão esquerda para cima.

Os viajantes finalmente iriam curtir suas vidas nesta época, todos estavam ansiosos para isso.

— Era para responder "estamos capitão"? - O loiro debocha.

— Me erra. - Ele revira os olhos jogando uma pá de brinquedo no mesmo.

— É a primeira vez do Lincoln da praia. - A ruiva com um chapéu na cabeça diz passando protetor solar no bebê.

— Ele nem vai lembrar disso. - A morena diz pegando o tubo de protetor solar dela.

— Para de ser estraga prazeres.

— Peguei o dinheiro. - A velocista diz adentrado o comodo com uma quantidade significativa de dinheiro na mão. — Vocês acham que isso dá?

— Aí cara eu amo o passado, estamos ricos. - O loiro pega o dinheiro o beijando. — Bem que poderia valer no futuro, mas já que estamos aqui, eu vou comprar tanta coisa.

— Opa Opa, vão desconfiar de algo caso você. - Ele diz apontando para o loiro. — Com essa carinha de criança, saia cheio de dinheiro por aí.

— E você nunca fez isso? Queen.

— Você sabe que no nosso tempo é diferente.

— Aproveita. - O loiro coloca o braço em volta do ombro dele. — Você está aqui agora, não é como se fosse uma semana na terra dois, aqui você ainda nem existe. - Ele da um tapinha no ombro do mesmo indo em direção a porta. — Eu amo a vida.

De fato, algumas vezes ao ano eles visitavam a terra dois, era como uma viajem de férias já que graças a acontecimentos do futuro os mesmos, principalmente os meta-humanos do grupo não podiam viajar. Na terra dois todos eles podiam curtir sem se preocupar com pessoas querendo os matar, Nate sabia a sorte que tinha por morar lá.

— Está tudo bem com ele? - A ruiva se refere ao loiro que estava super alegre.

— Acho que ele batizou aquela água de coco que estava bebendo.

— Me lembra de nunca aceitar uma bebida dele.

— Anotado.

(...)

Eles estavam em frente a uma fogueira, pareciam estar em um filme clichê americano, assando marshmallow, com copos vermelhos em suas mãos, e diga-se de passagem, alguns estavam embriagados.

— Toca mais uma música. - A velocista diz encarando o loiro que segurava um violão. — música, música, música.

— Não deveriam deixar um bando de irresponsáveis sem pais por perto. - Thalita dizia bebendo mais um gole azedo de bebida em seu copo vermelho. — Essa merda é horrível, por que eu ainda estou bebendo?

— Eu não sei, mas toma cuidado com a bebida da Lindsay, extra forte, lembra? - A ruiva dizia saboreando sua água de coco. — Uma vez tomei um gole e quase morri... - Ela faz uma pausa dramática. — Literalmente.

— Talvez eu devesse experimentar. - A morena deita no tronco onde estava apoiada. — Talvez a morte seja melhor.

— Vira essa boca para lá mãos mágicas. - Thomas diz aconchegado o bebê que dormia na cadeirinha que eles levaram. — Se você morrer, quem iria ser a mais corajosa do grupo?

— Ei. - A ruiva da um leve tapa em seu braço.

— Calma amor.

— Gente. - Eles encaram a velocista. — Eu amo vocês, todos vocês. - Ela dizia chorando e com a voz turva. — Eu também amo patos. - fala limpando o rosto com as mãos. — Não, patos não, por que eles tinham que ser tão malvados com o patinho feio? - As lágrimas voltam a cair.

— Ela não vai lembrar se eu rir, não é? - O loiro indaga.

— Ei Lind. - A morena levanta indo até ela. — Você está vendo aquilo?

— O que? - Pergunta curiosa.

— Tem um monstro na água, você tem que pular lá e atacar ele.

— Eu não tô vendo nada. - Ela bebe mais um gole de sua bebida.

— Lindsay eu também estou vendo, acho melhor você ir lá. - O loiro diz entrando na brincadeira.

— Sério? - ela encara os de mais.

— Sim Li, olha ali. - A ruiva aponta para o mar.

— Aí meu Deus, eu vou lá então. - A velocista tira sua camiseta ficando apenas de biquíni e então "corre" para o mar, mas no meio do caminho ela cai batendo de cara na areia.

— Você está bem? - Thalita diz rindo e indo até ela.

— Isso seria trágico se não fosse icônico. - O loiro ri.

— Ei gente. - A velocista diz enquanto os outros estão se aproximando. — Duvido vocês me carregarem até a água.

E assim eles fizeram, uns de roupa, outros de biquíni, todos entraram no mar, e carregando o corpo da velocista.

— Você é pesada. - O loiro diz fingindo limpar a testa.

— Mas que audácia. - Ela ri sabendo que o loiro nem mesmo sentiu peso algum graças a seus poderes.

— Esse é um dos melhores dias da minha vida. - Lind levanta os braços olhando para o mar e todos sorriem.

— Eu tenho que cuidar do meu filho. - Thomas diz indo em direção ao bebê que dormia em uma coberta sobre a areia. — Quase esqueci que ele existia. - Eles riem mais ainda.

— Gente... Acho que eu preciso vomitar.

Nós Somos do FuturoOnde histórias criam vida. Descubra agora