LXIV

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ARRASCAETA

- Isso tudo pra mim é surreal! - Sophia comentou se jogando na cama do hotel onde eu estava hospedado. Ri dela, enquanto fechava a porta.

- Nada mais que merecido! - me sentei ao lado dela e a beijei com leves mordidas em seus lábios ao final.

- Obrigada por me ajudar com tudo isso!

- Sobre se emprego, eu só adiantei o que estava por vim. Eles nem são doidos de te demitir, sério!

- Mas eu ia real! - ela fez uma careta e eu ri.

- Mas não foi! Estou doido pra te ver cobrindo os jogos do Fla e vou te conceder entrevista exclusivas! - ela gargalhou.

- Não sei porquê mas senti um ar de segundas intenções aí, senhor Arrascaeta!

- Talvez realmente haja! - eu pisquei e a selei - Você quer almoçar por aqui mesmo?

- Eu prefiro! - assenti, pesquisando o número do meu restaurante favorito aqui de BH enquanto ela também mexia no celular - Meu pai me mandou um áudio! - ela comentou e eu a olhei.

- Quer ouvir? - ela assentiu e logo pude ouvir a voz do seu pai ecoar pelo quarto:

"Oi, filha! Seu primo comentou com a sua mãe que você estava lá no apartamento dele e isso me deixou um pouco aliviado por saber que estava em segurança. Tom contou também que teria uma reunião com o pessoal do seu trabalho hoje e eu estou aqui me sentindo mal por ter sido tão duro com você não só ontem mas há um tempo já. Eu sempre te apoiei nos seus estudos mas acabei esquecendo que a sua felicidade não depende só de um emprego bom, fazendo aquilo que você gosta, mas também é ter alguém pra dividir a vida com a gente. Eu sempre achei que devia fazer o possível pra que você estudasse e fosse alguém na vida porque quando eu tinha sua idade, não tinha essas oportunidades pra gente. Me desculpa se eu não estive do seu lado, se eu ao menos não te entendi quando você mais precisava da sua família. Espero que você possa me perdoar! Sua mãe disse que ia fazer seu prato favorito na janta hoje! Eu gostaria muito que você vinhesse. Sigficaria pra mim o seu perdão e além do mais, dependendo de como foi a tal reunião hoje, podemos conversar e tentar achar alguma solução boa pra tudo isso. Te amo muito, minha filha! Tchau."

Olhei pra Sophia e percebi seus olhos marejados. A abracei e beijei seu rosto.

- Se você quiser ir, vou com você! - ela assentiu e descansou sua cabeça na dobra do meu pescoço e eu sentia suas lágrimas caírem sobre a minha pele. Eu sabia o quão difícil estava sendo pra ela toda essa situação com o pai dela. Logo ele, que sempre me pareceu um cara de boa, acabou fazendo esse vendaval todo na vida da filha.

Ela desfez nosso abraço e me beijou na bochecha antes de se levantar e ir ao banheiro lavar o rosto. Enquanto isso, pedi nosso almoço.

(...)

Passamos a tarde toda deitados, hora jogando conversa fora, hora com o Gabriel nos mandando um monte de áudio falando sobre como éramos um belo casal, nos zoando e tudo mais e hora também matando a saudade que estavamos um do outro.

Por volta das cinco da tarde, eu me arrumei rapidinho e depois Sophia foi na casa do primo dela se arrumar e ajeitar suas coisas para voltar pra casa.

- Será que meu pai não vai surtar de novo sobre essa história de voltar pro Rio? - Sophia comentou entrando no carro que eu havia alugado.

- Se ele te pediu desculpas, acredito que a partir de agora ele será mais compreensível com a nossa relação! - comentei colocando o cinto. Ela assentiu - Vai dar tudo certo, meu bem! Vai dar tudo certo!

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Oi, gente! ❤️
Pelo amor de Deus, me desculpem a demora pra atualizar isso mas eu estava num bloqueio criativo que vocês não tem noção, tanto é que esse capítulo ficou uma bosta (kkkkkk)!
Mas se tudo der certo, pretendo finalizar a fanfic essa semana 😅
Comentem bastante, please! E ah, lavem as mãos hahaha

Angel - G. De Arrascaeta Onde histórias criam vida. Descubra agora