Capítulo 1

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   "Lembro- me de um sorriso, um simples, porém com muitos significados como uma cura para uma dor incessante".
     Um forte calor começa a queimar meu corpo. Ao abrir os olhos percebo que estou deitado em minha cama e com uma forte dor na cabeça, complemente sem roupas e coberto simplesmente pela camada de sol que invade o quarto pela janela aberta.

   Se neste exato momento alguém da minha família ousasse entrar aqui não gostaria nada da forma que me encontraria.

   Uma dor latejante envolve os meus braços, estou preso, amarrado como um animal prestes a ir para o abate. Uma corda trançada azul e preta prende os meus pulsos, os nós são feitos com muita perfeição.

   Sinto me como se estivesse exposto a tudo de ruim que houvesse no mundo. Ao mesmo tempo não me recordo de como fui parar ali preso.

   As minhas pernas se movem freneticamente, tento me libertar de todo o jeito, mas não há como; os nós que tomam meus pulsos são de uma força incrível, qualquer esforço meu não adiantará de nada contra eles. O jeito é esperar aqui até que alguém resolva entrar, encontrar me dessa forma constrangedora e me libertar.

   Com o tempo começo a entrar em total desespero, começo a pensar que ninguém irá me encontrar tão cedo e o sol...o.sol me castiga de tal forma que começo a sentir o meu corpo queimar. O suor começa a se formar na minha testa, ao redor do nariz e dos lábios, não se passa dez minutos até que a dor de cabeça se intensifique e todo o meu corpo retenha líquido.

   Começo a arfar e sentir a minha boca ressacar, nesse mesmo instante escuto um som,- vivo e limpo-  um som belo que toca meus ouvidos. O som vai se aproximando da porta do meu quarto até parar de frente a ela.

   A porta do meu quarto se abre e eu me preparo para o pior, alguém entrará e sairá correndo com toda certeza, penso,  porém não é o que acontece.

   Não levantei a cabeça para ver quem era, os passos se intensificaram até parar do lado oposto ao que eu estava da cama. Virei a cabeça e deparei com um homem que nunca vira na minha vida.

   O homem que se encontrava ali parado me olhando nos olhos era incrívelmente alto e forte, possuía um tom de pele morena e seus cabelos negros que davam uma espécie de contra tom escorria como uma cascata, os seus olhos eram verdes e ele usava somente um robe branco.

     - Me tire daqui por favor -pedi quase implorando.

   O homem fez como se não escutasse a minha súplica e sentou se ao meu lado de forma grosseira.

      - Estou queimando aqui, me solta, quero um pouco de água, um banho, uma roupa, me ajuda- a forma como falei dessa vez se tornou estúpida.

   Ao invés de atender ao meu pedido, o homem de robe levantou-se, se despiu do seu robe e sem nenhuma palavra deitou ao meu lado. O seu corpo era inteiramente músculos.

   De forma inesperada ele começou a acariciar o meu corpo. Primeiro com beijos no meu pescoço, depois suas mãos tomaram conta dos mamilos dos meus peitos. A sua carícia começou a se tornar mais agressiva, sua mão descia até o meu membro viril, que mesmo contra meus instintos começava a ficar ereto.

   Seus beijos se intensificaram mais e sua boca começou a percorrer todo o meu corpo nu e suado até parar em meu pênis.

   Com uma das mãos ele agarrou o meu pênis e com a outra o mamilo do meu peito esquerdo, a sua boca envolveu o meu membro de forma completa e foi quase impossível não liberar um gemido. Com a mão que estava auxiliando a sua boca ele me masturbava, com a outra fazia diversos movimentos circulares em meu mamilo.

   Senti um prazer intenso enquanto ele subia e descia a sua língua em volta do meu pênis, nesse momento nem ligava mais pra quem se encontrava ali, dessa vez o gemido que soltei se tornou algo mais forte saindo diretamente da garganta.

   A sua língua foi enfiada entre a fenda da glande no mesmo momento em que o pré gozo saia. Após isso sua boca veio faminta em busca da minha, sua língua tomou todo o espaço interno da minha boca, nunca tinha estado com um homem na cama antes, mas tenho amigos que já tiveram esse tipo de experiência e naquele momento eu não me preocupava se ele era um homem a única coisa que me interessava era que ele acabasse com o que ele havia começado.

     Quando ele finalizou o beijo, a sua boca voltou se para o meu pênis, dessa vez com mais intensidade e rapidez, ele me masturbava ao mesmo tempo que me excitava e sua forma de fazer isso era complemente incomum. O meu corpo trazia calafrios.  Eu suava constantemente e ele não ligava para isso.

   Enfim, outro pré gozo e um gemido agudo demonstrou que eu iria gozar e nesse exato momento ele parou.

      - Não agora- me disse em tom de desaprovação.

   Levantou, vestiu o robe, retirou as cordas dos meus pulsos e saiu do quarto em silêncio, da mesma forma que ele havia entrado.

Shades of hysteria ( Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora