Meu CEO Adormecido. DEGUSTAÇÃO

Capítulo 9

  Cecília

Acordei cedo aproveitei que não conseguia mais dormir comecei a arrumar meu apartamento, precisava de uma semana para conseguir organizar a bagunça, eu sempre fui bagunceira minha mãe sempre reclamava, ela sempre dizia. Quero ver quando você for morar sozinha vai andar sobre montanhas de sujeiras. Ela tinha razão.

Coloquei uma música baixinha e comecei a me remexer conforme a batida. Quem em sã consciência acordaria às cinco e meia da manhã alegremente e começaria uma faxina? Eu mesmo. Depois daquele áudio do senhor rabugento não consegui mais dormir, ele mexeu com a minha sensibilidade até tive um sonho quente com Bernardo não consegui mais pensar em outra coisa, só imaginava aquelas mãos enormes passeando por todo o meu corpo fico molhada só de pensar.

Coloquei as roupas sujas em um cesto na minha folga lavaria tudo prometi a mim mesma, se não como iria trabalhar sem roupas limpas? Olhei ao redor e sorri me jogando no sofá o apartamento estava limpo e cheiroso.

Quando deu por volta das setes horas da manhã saí para a oficina do seu Damião cantarolando hoje pegaria meu carrinho com ele graças ao adiantamento que pedi a Anabela. Mais tarde faria a transferência da última parcela do banco, pagarei com juros absurdos, mas pagaria com alegria, odiava dever alguém. Estava feliz e rindo à toa e nada nem ninguém iria acabar com minha paz. Nem aquela secretária metida a eficiente que quer que o patrão dela entre no meio de suas pernas. Bernardo nem imagina que ela está doida por ele.

Assim que pus o pé na oficina seu Damião ele já estava me esperando todo sorridente. A oficina estava abarrotada de carros batidos, com certeza o pobre senhor devia estar muito feliz por ter trabalho. Quem não ficaria feliz em receber por seu trabalho depois de quase dois meses? Seu Damião foi um santo por confiar em mim. Mas também não é a primeira vez que ele conserta meu carro, ele sempre está me socorrendo e me aconselhando a comprar outro, mas eu amo tanto meu carrinho ele me lembra do meu começo em São Paulo.

— Bom dia seu Damião, tudo bem? Vim buscar meu carrinho, graças a Deus não aguentava mais andar de ônibus para não chegar atrasada no trabalho tinha que sair uma hora antes de casa.

— O senhor com cara de sono me ouvia sem reclamar.

— Não quero me prolongar, pois em meia hora tenho que chegar ao trabalho. — Disse tirando o dinheiro e dando em suas mãos que sorriu e conferiu.

— Está tudo certo minha filha, eu sabia que devia confiar em você, apesar de você ser um pouco atrapalhada, mas eu tinha a certeza de que viria recuperar seu carro. — Sorriu e me entregou a chave do carro, peguei com tanta felicidade que girei e lhe dei um beijo no rosto.

Seu Damião sorriu envergonhado. Agradeci o amável senhor e saí em direção ao meu trabalho. Coloquei uma música para tocar e buzinei me despedindo do seu Damião que acenou feliz.

Cheguei na casa do Bernardo faltando vinte minutos para as oito, com certeza ele ainda estaria dormindo. Apressei-me para dentro e vi a senhora Mirtes que cuida da casa já arrumando tudo, a mesa estava posta deu até vontade de me sentar e devorar tudo, a senhora parece que leu meus pensamentos.

— Bom dia menina Cecília, já tomou café? Perguntou sorrindo com carinho, era uma senhora bondosa.
Assim que eu ia responder o senhor Orlando e Anabela descia a escada de mãos dadas, era tão lindo a forma como eles cuida um do outro. Eu me sinto tão sozinha.

— Bom dia moça bonita. — Sorri para o senhor alto de olhos tão verde como os do filho, toda vez que ele sorria para mim eu me sentia abraçada por ele.

— Cecília vem tomar café conosco. — Preciso dá a medicação do seu irmão — Olhei no relógio constatando que faltava dois minutos para as oito.