Capítulo 5

3.9K 526 86
                                    

Cecília

Já tinha terminado o meu turno e fiquei aguardando Anabela em um restaurante perto do hospital para conversarmos sobre o meu trabalho na casa do irmão dela, fiquei boba quando soube que Bernardo ainda morava com o pai, deve ser pelo fato do pai estar doente eu acho que ele quer ficar mais perto da família. Meu coração até bateu feliz com essa possibilidade.

Eu não sei se vai dar certo isso, mas tenho que tentar. Anabela e eu estamos construindo uma amizade muito bacana, gosto muito dela ela é muito diferente do irmão, apesar de eu não o conhecer direito ainda.

Estava absorta nos meus pensamentos já tinha pedido um suco de laranja quando ela chegou sorridente, mas seu sorriso não chegava aos olhos dava para perceber que ela estava passando por algum problema. Seu vestido deixava sua barriga em evidência, mas era pequena ainda.

— Boa tarde Cecília, obrigada por vim. — Disse e se sentou na minha frente. Ela parecia cansada.

— Está com quantos meses? — Perguntei tentando deixa-la mais um pouco confortável. Ela olhou para a barriga sorrindo.

— Quatro.

— Já sabe o sexo? — Quando ficava agitada falava mais do que o normal.

— Ainda não, quero que o Arthur esteja presente no dia da consulta. Até agora ele não teve tempo de ir comigo ao médico, mas me prometeu que no ultrassom ele vai estar presente.

— Não senti felicidade em sua voz, mas não perguntaria nada mais, por mais que o meu eu interior seja curioso então me controlei.

— Se um dia eu engravidar, pois vai ser um verdadeiro milagre vou deixar para saber só na hora do parto quero que tudo seja surpresa.

Anabela sorriu e notei que ela não comeu muito, mas não disse nada não, pois ela podia não estar a fim de conversar sobre isso, pois as grávidas ficam muito sensíveis.

— Como sabe eu preciso de uma enfermeira para cuidar do Bernardo, pensei em você, pois ficamos muito próximas esses dias e conversei com Glória, ela disse que você é uma ótima enfermeira. Estava pensando de você ir pela manhã cuidar das medicações dele não se preocupe com banhos ele pode muito bem se virar sozinho, ele vai tirar os gessos dos braços e ficar apenas com tipoias. Agora a perna ainda não vai poder tirar o ferro, mas isso é o de menos. Já deixei ele a par de tudo estou pensando em viajar para encontrar Arthur estou precisando de uns dias de descanso agora que Bernardo está bem vou fazer uma surpresa para meu namorado, nosso pai está muito bem, mas não se preocupe ele tem um enfermeira que cuida dele o nosso problema em questão é o Bê, ele ás vezes parece uma criança. Posso contar com você? — Ela me olhou igual como eu olho para o Fernando quando suplico por algo, minhas mãos estavam suando.

— Claro — respondi apenas sem ter muita certeza.

—Vou pagar você conforme sua carga horária do hospital, mesmo você trabalhando só pela manhã, aguentar o mau humor do meu irmão não é para qualquer um não. — Quando notou que falou demais ficou desconfortável e tentou limpar a barra do irmão.

— Desculpa se assustei você, mas às vezes ele é insuportável, é só não dar ouvidos para ele. Apesar do nosso pai dizer que não, mas Bernardo herdou o mau humor dele, mas não se preocupe papai nos últimos tempos tem melhorado bastante porque se afastou da empresa devido a doença.

— Não se preocupe já estou acostumada com o mau humor dos pacientes do hospital e não seria seu irmão a me tirar do sério. — Menti na cara dura.

— Começo quando?

Para mim esse emprego seria um desafio e eu adoro um. Ainda mais quando o desafio é um deus grego com o sorriso mais lindo que já vi. Quando o vejo fico parecendo a dona Florinda quando encontra o professor Girafales, um dia ainda o convido para um café na minha cama.

— Olhei para Anabela que me olhava desconfiada. Sorri sem graça.

Saímos do restaurante e fomos para o hospital meu paciente está de alta e começo trabalhar com ele hoje. Não sei se ele se lembrou de mim, se lembrou não disse nada. Ou soube fingir muito bem, já que é um homem frio e egoísta deve mascarar perfeitamente suas emoções, por mais que ele seja lindo isso não muda o fato dele ser assim. Anabela foi resolver o assunto da alta do irmão e eu fui falar com Glória. Quero deixar ela a par da minha situação e quero saber meus horários no hospital já que mudei de turno, que Deus me ajude e que eu consiga manter esses dois empregos. Será que se eu pedir um adiantamento eu consigo? Não custa nada tentar. Tratei tudo com Glória e estava aguardando Anabela com o irmão delícia dela, ele que não me ouça falando isso. Já ia pegar meu celular quando os vejo saindo do quarto onde Bernardo estava internado, ele estava em uma cadeira de rodas com cara de poucos amigos, daria tudo para desmanchar essa cara marrenta com vários beijinhos, estava sonhando acordada e com certeza fazendo aquela cara de doida quando sinto uma voz grave perto de mim.

— Por que parou Anabela? Quero ir logo para minha casa tirar esse cheiro de hospital do corpo, não aguento mais esse ambiente hospitalar e a comida. — Disse de forma grossa.

Se precisar de ajuda para o banho. Ainda tentei sorrir dos meus pensamentos, mas a forma como ele me olhou quase me fez sair correndo pedindo socorro. — Que homem bravo.

— Bernardo, por favor, colabora hoje eu não estou nada bem e ainda tive que vir aqui pegar você eu bem que te disse para você contratar um motorista, mas você é cabeça dura, só faz o que quer. — Ela parecia uma mãe repreendendo o filho mais velho.

— Não contratou uma enfermeira? Ela pode muito bem dirigir quando eu tiver que ir fazer fisioterapia ou for para outro lugar. — Disse todo autoritário.

Mas eu não iria ouvir isso calada não, baixou o espírito da barraqueira em mim que há muito tempo estava adormecida, girei meu corpo que até meu pescoço doeu.

— Eu não vou dirigir para você afinal sou péssima motorista. — Bradei. Já estava vendo tudo vermelho, só faltou eu dizer para Anabela segurar meu poodle.

Ele arregalou os olhos em minha direção e vi o sorriso de Anabela se abrir com vontade, a primeira vez que sorriu com gosto.

— E nem eu quero você como motorista uma louca que mal sabe dirigir, eu me lembro de você no trânsito com aquele seu carro velho e afirmo com toda a certeza, você comprou sua carteira de motorista. Tem certeza de que sabe aplicar injeções? Anabela precisamos conversar. — Ele disse todo vermelho de raiva.

Eu ia falar mais umas verdades para ele quando um dos seguranças caminhou em nossa direção perguntando se estava acontecendo alguma coisa, pois estávamos em um hospital e precisávamos fazer silêncio. Fiquei na minha apenas para não ser demitida do hospital, pois estava ligando se fosse despedida por Bernardo. Ele não é importante para mim. — Bufei e me calei.

— Vocês já se conhecem? — Foi à única coisa que Anabela disse. Ficamos nos encarando fazendo cara feia um para o outro, minha vontade era mostrar a língua para ele. Babaca! 

******

Olá meninas que leem o que eu escrevo. Tudo bem com vocês? Meninas desculpem a demora, mas meu notebook pegou vírus e corrompeu o arquivo de Meu CEO Adormecido, eu já tinha escrito o 4 e o cinco mas perdeu tudo, então tive que reescrever novamente. Mas aqui estou eu de volta. Espero que gostem do capítulo ❤️ Bjos!!!


Meu CEO Adormecido. DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora